INFRAESTRUTURA

Projeto de urbanização da Ilha do Maruim, em Olinda, está paralisado

Projeto da Prometrópole, anunciado em 2006, se arrasta. Moradores esperam por casas, ruas pavimentadas e serviços de esgotamento sanitário

Da editoria de Cidades
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Publicado em 07/04/2015 às 9:00
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Os moradores da Ilha do Maruim, em Olinda, não acreditam mais no plano de urbanização da localidade, prometido há quase 10 anos. Em 2006, a prefeitura afirmou que construiria 661 casas, áreas de lazer, duas pontes sobre o Canal da Malária, uma estrada para abrir a Praia Del Chifre ao público, além de obras de esgotamento sanitário e pavimentação de ruas. Localizada perto do Varadouro, a área seria valorizada com o projeto, mas pouco se concretizou.

A ação, orçada em R$ 30,7 milhões e financiada pelos Programas de Infraestrutura em Áreas de Baixa Renda na Região Metropolitana do Recife (Prometrópole) e de Aceleração do Crescimento (PAC), parece ter sido esquecida. A área à beira do Canal da Malária é o cenário do abandono. Muitas moradias foram retiradas para a construção da estrada e das quadras esportivas, mas há lixo e mato alto no lugar.

Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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“O poder público esqueceu a Ilha do Maruim. Tiraram o povo, mas ainda não entregaram parte dos imóveis novos, alegando que não há recursos. Pagam auxílio aluguel de R$ 130, que não dá pra nada. A comunidade teve que fazer uma ponte de madeira para ter acesso à praia. A outra, de ferro, não faz parte do projeto. Revestiram o canal, mas não limpam. Só lembram da gente em época de eleição”, lamenta o pescador Oscar Venâncio, 70 anos.

À beira do canal, ainda existem barracos irregulares, no caminho das obras. A dona de casa Jaqueline da Silva reside em uma dessas construções, um barraco de madeira. Ela relata que recebeu propostas de indenização para deixar a propriedade, mas não aceitou. “Faz muitos anos, não lembro nem quanto tempo faz. Não aceitei porque o valor era muito baixo. Depois, a prefeitura não me procurou mais e também não construiu nada na área”, relata.

Quase nenhuma rua é pavimentada. Algumas áreas que receberam intervenção de esgotamento sanitário apresentam problemas. Moradores afirmam que quando chove, alaga. Fica a cargo da população fazer a manutenção das tubulações para evitar que inunde. É comum encontrar canaletas de esgoto furadas, contribuindo para o desperdício de água e a formação de poças, propícias para a proliferação do mosquito da dengue.

A Prefeitura de Olinda informa que vai iniciar a implantação do sistema de esgotamento sanitário da comunidade e a construção de uma estação elevatória este mês, com verba do governo federal. Esta etapa inclui a pavimentação de duas pistas às margens do Canal da Malária e do Rio Beberibe. Nos próximos 60 dias, a gestão fará uma chamada pública para escolher a empresa responsável pela construção de 123 casas populares. As áreas de lazer ficarão no Varadouro, para beneficiar também as comunidades V8 e V9.

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