Homicídio

Promotor pede absolvição de um dos quatro PMs acusados de obrigar jovens a atravessar Rio Capibaribe

Julgamento terá sentença definida nesta sexta-feira

Do JC Online
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Publicado em 21/05/2015 às 20:01
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O promotor do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) André Rabelo - responsável pela acusação contra os quatro policiais militares que teriam obrigado 17 adolescentes a pular no Rio Capibaribe, em 2006, provocando a morte de dois deles por afogamento - pediu a absolvição de um dos réus, o soldado Irandi Antônio da Silva, na noite desta quinta-feira. O julgamento ainda acontece e a sentença ficou para a manhã desta sexta-feira (22).

O julgamento começou na quarta-feira, com depoimento dos réus e de oito vítimas. Nesta quinta ocorre o embate entre o advogado de defesa, José Siqueira Filho, e o promotor André Rabelo, que começou acusando a participação de todos os militares:  Aldenes Carneiro da Silva (sargento), José Marcondi Evangelista (soldado), Ulisses Francisco da Silva (soldado) e Irandi.

O  advogado negou participação dos quatro policiais, alegando que o tenente da Polícia Militar Sebastião Antônio Félix – cujo julgamento será feito separadamente, em 14 de julho – deu ordem diretamente aos menores para eles entrarem no rio. E disse que os jovens eram suspeitos de participação em um arrastão no Recife Antigo.

Os réus são acusados de homicídio triplamente qualificado -- crime por motivo fútil, com crueldade e sem chance de defesa às vítimas -- e 11 tentativas de homicídio. Eles teriam abordado os jovens próximo ao Cais de Santa Rita, no Centro, colocando todos em duas viaturas e levando-os até perto da Ponte Joaquim Cardozo, em Joana Bezerra.

Os sobreviventes dizem que estavam indo brincar Carnaval no Bairro do Recife e que teriam sido espancados com cacetetes e chutes, sendo depois obrigados a atravessar o rio. Os dois que não sabiam nadar morreram e os corpos foram encontrados dois dias depois.

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