Atualizada às 13h
O motorista João Cândido da Silva, que dirigia o ônibus da empresa Vera Cruz, de onde o estudante Harlynton Lima dos Santos, 20 anos, foi arremessado, disse na manhã desta quarta-feira (17), que não viu o estudante bater na porta do ônibus antes do acidente que o vitimou. "Se essa fatalidade aconteceu, claro que foi na porta traseira. Não percebemos nenhuma movimentação no veículo", afirmou em entrevista coletiva no Sindicato dos Rodoviários, no bairro de Santo Amaro, área central da cidade, o profissional da empresa Vera Cruz.
"Se eu tivesse ouvido ou visto, com certeza não tinha acontecido", relatou ainda. Ele também conta que ninguém havia embarcado no terminal. "Eu desembarquei, fechei as portas e fui embora", falou.
Em coletiva de imprensa no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), na manhã de hoje, o delegado responsável pelo caso, Newson Motta, informou que os depoimentos do motorista e da testemunha ouvidos na madrugada do acidente pela delegada de plantão Patrícia Domingos, se contradizem. "A testemunha disse que o ônibus subiu na calçada, o motorista arrancou com velocidade e não prestou socorro à vítima", contou. "O motorista nega a versão. Falou que não teve conhecimento do acidente até o momento em que a polícia chegou à garagem da empresa onde trabalha, por volta da meia-noite", completou o delegado.
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Newson Motta ainda definirá o cronograma das investigações, mas adiantou que ouvirá outras quatro testemunhas. O cobrador, segundo ele, ainda não foi ouvido. O prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias.
Além de ouvir testemunhas, o delegado solicitará perícias ao Instituto de Medicina Legal (IML) e ao Instituto de Criminalística (IC) e realizará diligências no Cais de Santa Rita.
Há uma câmera de segurança da Secretaria de Defesa Social (SDS) no local onde Harlynton caiu, mas estava focalizando o outro lado da rua. Mesmo assim, Motta adiantou que pedirá as imagens. Ele também solicitará as gravações feitas no ônibus e na garagem da Vera Cruz.
