Os motoristas que realizam o transporte complementar de passageiros no Grande Recife, que levam os usuários de comunidades até paradas de ônibus e Terminais Integrados, estão paralisando as atividades a partir desta quinta-feira (25). De acordo com representantes da categoria, o grupo reivindica o pagamento dos salários, que não teria sido efetuado pois o Grande Recife Consórcio de Transporte não teria repassado os valores. Motoristas afirmam que os coletivos só voltarão a circular quando a situação for resolvida.
Leia Também
"Estamos reivindicando o pagamento dos atrasado, nosso direito. Já não temos mais recursos para manter o serviço. O recebimento já havia atrasado, mas nunca por tanto tempo", explica o presidente do Sindicato dos Permissionários do Transporte Complementar de Pernambuco (Sinpetracope), Manuel Dias. O presidente destaca que o transporte complementar é gratuito e regulamentado pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife. O serviço conta com 230 funcionários e 58 veículos, que se dividem em 18 linhas.
Cerca de 70 mil passageiros devem ser prejudicados nas comunidades do Alto do Rosário, Linha do Tiro, Beberibe, Jordão Baixo, Jordão Alto, Ipsep, Curado, Alto Maracanã, UR-7 e Alto do Capitão. Nesta manhã, muitos usuários que dependem do transporte complementar tiveram a mobilidade comprometida. "Preciso ir até o Alto do José Bonifácio e vou ter que ir andando porque não tenho condução que me leve para lá", reclamou José dos Santos, do Alto do Capitão.
Segundo o Sinpetracope, a cada quinzena, os trabalhadores ganham R$ 4,70 por quilômetro rodado. No entanto, não foi recebido o pagamento da segunda quinzena de maio e primeira de junho. Procurado, o Grande Recife informou a previsão é que a pendência financeira seja resolvida até o final do dia.
A categoria está organizando um ato na tarde desta quinta em frente à sede do Sinpetracope, localizado na Avenida Afonso Olindense, no bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife.
