A terça-feira (14) começou com tanstornos para quem depende do transporte público para se locomover na Região Metropolitana do Recife (RMR). Com a deflagração da greve dos rodoviários, poucos ônibus são vistos circulando pelas ruas. Quem procura por coletivos nas paradas, enfrenta longa espera e ônibus cheios. Cerca de dois milhões de pessoas são prejudicadas com a pralisação por tempo indeterminado da categoria.
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Nos Terminais Integrados, os veículos estão circulando, mas em número reduzido. O mesmo acontece nos principais corredores da capital pernambucana. o trabalhador Gleydson Bulhões, 19 anos, utiliza o ônibus todos os dias para ir ao trabalho e reclamou da demora. "Estou esperando há mais de 30 minutos. Está demorando bastante", afirmou no Terminal do Barro, na Zona Oeste do Recife.
Na segunda-feira (13), o Tribunal Regional do Trabalho expediu uma liminar determinando que pelo menos 70% da frota de coletivos circule nos horários de pico, entre 6h e 9h e das 16h às 20h. Nos demais horários, 50% devem atender os usuários do Grande Recife. Caso a decisão judicial seja descumprida, o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco será multado em R$ 50 mil, por dia.
A assessoria de comunicação do Sindicato dos Rodoviários informou que os ônibus estão saindo normalmente das garagens, no entanto, o número de ônibus nas ruas só poderá ser confirmado após às 8h desta terça, quando será divulgado um balanço. O Sindicato também informou que pretende cumprir a determinação do TRT.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), 55% da frota estava em circulação até às 8h.
REIVINDICAÇÃO - Os motoristas de ônibus, cobradores e fiscais rejeitaram em assembleia, sexta-feira passada, a proposta patronal de reajuste de 9,5% nos salários e de 27% no tíquete-alimentação. Atualmente, eles ganham, respectivamente, R$ 1.765, R$ 812 e R$ 1.141 e querem aumento de 12%. Caso tivessem aceitado o índice dos patrões, motoristas passariam a ganhar R$ 1.933, cobradores R$ 889 e fiscais R$ 1.250. O tíquete-alimentação hoje é de R$ 188. Os empresários de ônibus se dispõem a pagar R$ 220, mas os rodoviários querem R$ 300.