Os ônibus que circulam pela Região Metropolitana do Recife voltaram a operar normalmente na manhã desta terça-feira (4), após uma segunda (3) de paralisação. Na ocasião, os veículos pararam de circular às 4h e só começaram a sair das garagens às 10h. A ação foi em protesto contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de suspender o reajuste salarial dos rodoviários. O sindicato da categoria marcou uma passeata às 14h desta terça. O grupo se organiza para sair da Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, e seguir até o Palácio do Campo das Princesas, e, em seguida, à sede do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT-PE), no Cais do Apolo.
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No início da manhã da segunda, os coletivos não chegaram aos terminais, o que provocou muitas filas e aglomerações nas paradas da cidade. Os ônibus do Bus Rapid Transit (BRT) também não circularam, deixando estações vazias ao longo dos corredores Norte/Sul e Leste/Oeste. A exceção foram as nove linhas do Sistema Complementar, que funcionaram normalmente, embora não fossem o suficiente para suprir a demanda.
Aqueles que tentaram recorrer aos táxis também precisaram ter paciência. Tanto nos aplicativos quanto nas empresas de rádio-táxi, o registro de indisponibilidade foi grande, de acordo como o relato dos usuários. Pelas redes sociais, seguidores do JC relataram longa espera e ônibus cheios. "A situação é bastante complicada! Nós professores voltamos hoje a dar aula e a escola não tem como funcionar sem nossa presença! [...]Mais uma vez o trabalhador que precisa é prejudicado!", comentou a professora Déborah Beckman.
Ainda segundo o sindicato, o departamento jurídico da entidade entrou com uma ação contra a decisão do TST, que reduziu, na última sexta-feira (31), o reajuste de 12% nos salários e 59,57% no vale-alimentação para 9%, para ambos. A redução atende a recurso apresentado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE).
Por meio de nota, a Urbana-PE repudiou o movimento "realizado sem nenhum fundamento legal e sem qualquer comunicação prévia às empresas e à sociedade". A Urbana afirmou ainda que "a decisão do TST se deu dentro das regras legais e do uso democrático do processo, tendo respondido à solicitação, legal e legítima, de revisão dos percentuais de aumento concedidos este ano pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-6) por ocasião do julgamento do dissídio, face à total incapacidade do setor econômico de cumprir o que foi determinado".
