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Patrimônio

Nascedouro de Peixinhos precisa de reformas

Centro Cultural e Desportivo foi inaugurado em 2006 na área do antigo matadouro. Há prédios tragados pelo mato

Da Editoria Cidades
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Publicado em 20/08/2015 às 8:08
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Centro Cultural e Desportivo foi inaugurado em 2006 na área do antigo matadouro. Há prédios tragados pelo mato - FOTO: Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
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A entrada principal do antigo matadouro de Peixinhos, no trecho onde o Recife se encontra com Olinda, parece uma floresta. Mato e árvore estão engolindo o prédio, sem uso desde que o estabelecimento fechou as portas em 1970. A edificação não foi contemplada na obra que transformou o lugar, em 2006, no Centro Cultural e Desportivo Nascedouro de Peixinhos, com a recuperação de parte dos imóveis do extinto abatedouro.

Dos sete blocos existentes no terreno, quatro não foram restaurados. Além do edifício principal, outros três permanecem sem atividades e com os restos de paredes cobertos pelo matagal, nove anos depois da inauguração do centro cultural. O prédio reformado para funcionar como teatro está desativado há cerca de três anos, com problemas na estrutura de sustentação do palco.

Na Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, o Nascedouro de Peixinhos subsiste apenas com a biblioteca comunitária, o Centro Social Urbano Eraldo Gueiros (ambos no mesmo bloco) e o Centro Tecnológico de Cultura Digital, instalado na torre do relógio do matadouro. A biblioteca abre de segunda a sexta-feira, pela manhã e à tarde.

O Centro Tecnológico é vinculado ao Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) e o Centro Social Urbano, mantido pela Prefeitura do Recife, dispõe de salas para eventos de modo geral. Os ensaios do Balé Afro Majê Molê e reuniões de grupos da terceira idade são realizados no local.

“Vinte e oito clubes de futebol de campo, equipes de futebol de salão e escolinhas de futebol de campo utilizam o Nascedouro com torneios, campeonatos e treinos”, garante Paulo Cid, coordenador da área esportiva do Centro Social Urbano Eraldo Gueiros. “Estamos empenhados em trazer mais atividades para cá”, diz.

Moradores da Avenida Brasília, o endereço do Nascedouro de Peixinhos, lamentam a situação precária do imóvel, inaugurado em 1919 e protegido como Sítio Histórico pela Prefeitura do Recife. “Logo no começo, ofereciam cursos de cabeleireiro e manicure, teatro e parquinho para as crianças. Agora não tem mais nada”, diz a aposentada Cilene Vicente da Silva.

“Só funcionam a biblioteca, os campinhos de futebol e o Itep, o resto está abandonado, até os brinquedos se acabaram”, reforça a dona de casa Ana Regina dos Santos. Elas moram no trecho da Avenida Brasília que fica em Olinda. “Eu fiz curso de cabeleireiro no Nascedouro, mas há tempos não entro aí”, diz Cilene.

O secretário executivo de Gestão Cultural do Recife, Williams Santana, disse que numa parceria com a Secretaria municipal de Desenvolvimento e Empreendedorismo, serão levadas novas ações para o Nascedouro, em setembro de 2015. Ele cita a realização de oficinas para ajudar na organização de grupos artísticos, trabalho que já é desenvolvido no Pátio de São Pedro, no Centro da cidade.

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