Além de melhoria na aprendizagem de matemática e física, o resultado do ensino de robótica nas escolas públicas da rede estadual pode ser conferido no desempenho das equipes participantes da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), na categoria nível médio. Uma delas conquistou o quarto lugar, melhor colocação de uma escola pública na categoria, além do prêmio inovação. A outra levou o prêmio dedicação, ficando em 19º lugar geral. Os integrantes foram recebidos, nesta terça (3), no Palácio do Campo das Princesas, pelo governador Paulo Câmara.
A quarta colocação e o prêmio inovação ficou com a equipe NanoBit, da Escola Escritor José de Alencar, de Paulista, no Grande Recife, que havia conquistado o primeiro lugar na etapa regional da olimpíada. “Se tivéssemos um equipamento melhor teríamos maior chance de ficar em primeiro lugar na nacional também, por isso pedimos ao governador um kit mais moderno para trabalhamos na próxima competição e ele ficou de providenciar isso”, declarou Hugo César Albuquerque, 16, que integra a equipe com Edyson Acioli, 16, Marcus Vinícius Chaves, 15, e Larissa Barbosa, 15.
A equipe Hazer, da Escola de Referência em Ensino Médio Benedita Morais Guerra, de Macaparana, que ganhou na categoria Dedicação. Compõem o grupo os alunos Arthur Theodósio Borba, Karoline Vitória Macêdo, Kassio Augusto de Moura Silva e João Gabriel do Nascimento Barbosa. "Sabíamos que ia ser difícil, mas só de chegar na disputa nacional e ficar entre os vinte melhores já é uma vitória", diz Arthur.
“O mais importante é que a robótica já está inserida no ensino da rede estadual”, destacou o governador. O secretário de Educação, Fred Amâncio, salientou que “ao contrário das escolas privadas, nas públicas ela é associada ao ensino das disciplinas e isso tem melhorado o desempenho dos alunos”. Conforme o gestor, a ideia é chegar a 2018 oferecendo o programa em todas as escolas de ensino médio. “Mas o kit é um produto caro e os professores precisam ser capacitados”, observou. Hoje, 324 das 760 escolas de ensino médio contam com robótica.
O desafio para os participantes da OBR deste ano foi criar um robô autônomo que pudesse vencer vários obstáculos e resgatar vítimas de possíveis tragédias. No nível médio, a competição contou com 48 participantes. No nível fundamental foram 40 equipes e quem levou o prêmio foram os alunos da Escola Municipal Rodolfo Aureliano, na Várzea, Zona Oeste do Recife, recepcionados com festa, no Aeroporto Internacional do Recife, no domingo, quando se encerrou a olimpíada.
No próximo ano, a décima edição da OBR será realizada em Pernambuco, no Centro de Convenções. “Vamos tentar fazer bonito e ter mais equipes participando. Mas nosso objetivo não é vencer olimpíada, isso é consequência do trabalho que está sendo desenvolvido”, afirma Amâncio.