Embora o Recife tenha implantado, este mês, uma nova ciclofaixa de 3,5 quilômetros na Zona Oeste, e o Estado anuncie uma nova ciclovia de 5,5 quilômetros entre o Recife e Olinda, o Plano Diretor Cicloviário (PDC) não está sendo implantado na capital. Essa é uma das questões a serem abordadas em audiência pública que acontece, nesta quarta (25), a partir das 9h, no Plenarinho da Câmara Municipal. Gestores estaduais e municipais, Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e cicloativas participam da discussão.
Lançado em fevereiro de 2014, o plano foi encomendado pelo Governo de Pernambuco e Prefeitura do Recife com o objetivo de inserir a bicicleta no sistema de transporte metropolitano. Para isso, foram traçados 590 quilômetros de duas redes cicloviárias. Uma metropolitana, com 244 quilômetros distribuídos pelo Grande Recife, a ser desenvolvida pelo Estado. Outra, complementar, com 346 quilômetros, sob responsabilidade dos municípios.
“A ideia do plano é ter uma rede integrada, que dê segurança para a pessoa sair de casa e fazer seu trajeto de bicicleta. Mas a sensação que a gente tem é que o Recife está buscando buracos, onde acha que não vai atrapalhar o trânsito, para cumprir os 76 quilômetros cicláveis prometidos pelo prefeito Geraldo Julio, ignorando o PDC”, avalia Guilherme Jordão, coordenador geral da Associação Metropolitana de Ciclistas (Ameciclo), entidade que solicitou a audiência à vereadora Marília Arraes.
Foram convidados para o encontro o secretário estadual de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, responsável pela implantação do PDC; o secretário de Mobilidade e Controle Urbano da Prefeitura do Recife, João Braga; a diretora-presidente da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Taciana Ferreira; e o promotor de Meio Ambiente da capital, Ricardo Coelho, além de cicloativistas.