Após deflagrar estado de greve na última sexta-feira (27), policiais civis de Pernambuco aproveitam esta semana para se mobilizar e programar atos públicos. Categoria protesta contra a falta de respostas do Governo do Estado em relação à pauta de reivindicações. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Simpol), ficou decidido que haverá restrição nos serviços prestados à população e que, a partir de janeiro, poderá ser deflagrada a greve geral.
Nesta terça-feira (1º), os policiais farão uma manifestação no município de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Serão espalhadas mais de 3.500 cruzes pela cidade representando o alto índice de homicídio. "Estamos lutando em defesa da segurança pública. Na próxima semana, ainda não temos uma data certa, será realizado um outro ato no Marco Zero", conta o presidente do sindicato, Áureo Cysneiros.
Entre as reivindicações da categoria, está a criação do plano de cargos e carreiras, reajustes salariais e melhorias das condições de trabalho. “Se o Governo do Estado não sentar na mesa para negociar conosco estamos dispostos a decretar greve no Carnaval. Atualmente, a Polícia Civil trabalha com menos de 40% do efetivo adequado. Temos cerca de 4.800 policiais, quando esse número deveria ser 10.400”, afirmou Cysneiros.
HOMICÍDIOS - Pernambuco ultrapassou, na última semana, a marca de 3.440 homicídios neste ano. E pela segunda vez consecutiva, o Pacto pela Vida fechará o ano com resultado negativo.