Violência

Com 53 assaltos registrados em 2015, bancários cobram maior fiscalização sobre bancos

O aumento em relação a 2014 é de 230%. Sindicato atribui crescimento a fragilidades e especialização das quadrilhas

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Publicado em 29/12/2015 às 17:10
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O aumento em relação a 2014 é de 230%. Sindicato atribui crescimento a fragilidades e especialização das quadrilhas - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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O Sindicato dos Bancários de Pernambuco realizou coletiva, na tarde desta terça, onde apresentou balanço do número de assaltos a banco e cobrou maior fiscalização por parte da Prefeitura do Recife. Conforme a entidade, este ano foram registradas 53 ocorrências, entre assaltos, tentativas de assalto, explosões e arrombamentos de caixas eletrônicos. O aumento em relação a 2014 (com 16 casos) é de 230%.

"O crescimento é alarmante. A prefeitura do Recife precisa cobrar dos bancos a instalação dos itens de segurança previstos na lei 17.647, aplicar multas e interditar as agências quando necessário", afirma a presidente do sindicato, Suzineide Rodrigues. Além das fragilidades das agências, ela acredita que as quadrilhas vêm se especializando em novas formas de atuação.

O secretário de assuntos jurídicos do sindicato, João Rufino, salienta que dois itens da lei não são cumpridos: a implantação de vidros blindados nas agências e a proporção de dois vigilantes por pavimento. "Se esses itens fossem cumpridos teríamos 18 assaltos a menos", contabiliza. "Mas sabemos das dificuldades técnicas para a questão dos blindados e estamos estudando outra alternativa tecnológica".

A ideia do sindicato é ampliar a blindagem dos vidros para todo o Estado, assim como a implantação de escudos blindados para os vigilantes, impedindo a abordagem de criminosos. Conforme os bancários, o Sindicato dos Vigilantes registrou 132 revólveres roubados durante assaltos, este ano, além de 792 munições e 30 coletes à prova de balas.

Outra questão levantada foi o fato de a violência estar atingindo a saúde dos bancários. "Este ano já temos 23 funcionários afastados em decorrência de traumas provocados por assaltos. Houve sequestros de familiares e banários, agressão física, tiros e ainda há a pressão pelo cumprimento de metas, a tensão é constante. Quando há assalto, a agência é responsabilizada e isso afeta o cumprimento da meta", destacou o secretário de saúde do sindicato, Wellington Trindade.

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