Urbanismo

Parque da Macaxeira continua sem atrativos para o público

Lixo e poças d'água afastam visitantes. Prefeitura promete retomar obra de drenagem nesta segunda-feira (25)

Da Editoria Cidades
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Publicado em 25/01/2016 às 8:08
Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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O Parque Estadual Ministro Fernando Lyra, localizado no bairro da Macaxeira, na Zona Norte da cidade, tem duas áreas reservadas às crianças, com brinquedos de madeira. Mas, pelo menos na manhã de sexta-feira (22), apenas cachorros desfrutavam do lugar. Dois deles saltitavam entre os brinquedos e outros dois dormiam, sem cerimônia, numa das casinhas das crianças.

“Tentaram fazer uma área de lazer para a comunidade, o problema é que está tudo abandonado, tudo vazio, esqueceram do parque”, declara Jerry Adriani da Silva, 42 anos, morador da região. “Prometeram muita coisa e quase nada foi feito, só funcionam a Academia da Cidade e a pista de caminhada, até as 17h30, porque à noite o parque fica às escuras”, declara.

Instalado num terreno de dez hectares, o Parque da Macaxeira teve a primeira etapa inaugurada em 3 de abril de 2014. Um ano e nove meses depois, a obra ainda não terminou. E os trechos liberados para a população alagam ao menor sinal de chuva, como se via nos brinquedos infantis e nas pistas de skate e de caminhada.

“Isso é um perigo para os moradores, vai servir de criadouro para o mosquito da dengue”, alerta Jerry Adriani, mostrando as poças d’água. O gerente de Vigilância Ambiental do Recife, Jurandir Almeida, disse que o parque apresenta problemas graves de drenagem e por essa razão é considerado um ponto estratégico pela Secretaria de Saúde.

Em razão do acúmulo de água, o lugar é monitorado regularmente, numa ação preventiva de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika, chicungunha, informa Jurandir Almeida. Segundo ele, a cada 15 dias é feita a aplicação de larvicida, inseticida e fumacê. “A situação está sob controle”, garante.

Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
Parque da Macaxeira, inaugurado em abril de 2014, no Recife, não teve as obras concluídas - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Parque da Macaxeira, inaugurado em abril de 2014, no Recife, não teve as obras concluídas - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Parque da Macaxeira, inaugurado em abril de 2014, no Recife, não teve as obras concluídas - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Cachorros ocupam os brinquedos infantis do Parque da Macaxeira, no Recife - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Espelho d'água do Parque da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, acumula lixo - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Pista de skate do Parque da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, acumula água quando chove - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Parque da Macaxeira, inaugurado em abril de 2014, no Recife, não teve as obras concluídas - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
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Parque da Macaxeira, inaugurado em abril de 2014, no Recife, não teve as obras concluídas - Foto: Ashlley Melo/JC Imagem

 

Além dos alagamentos, o parque estava tomado pelo mato e pelo lixo na sexta-feira (21). O secretário de Turismo e Lazer do Recife, Camilo Simões, informa que a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) recolheu os entulhos no período da tarde. Segundo ele, o serviço de drenagem tinha sido iniciado no ano passado e foi paralisado por falta de recursos.

A previsão da prefeitura é retomar o trabalho nesta segunda-feira (25), com prazo de dois meses para execução. Até a conclusão do serviço de drenagem, o parque continuará com a energia elétrica desligada e, por isso, só fica aberto até as 17h30, diz Camilo Simões. “Quando essa questão for resolvida, a área de lazer volta a funcionar no turno da noite”, afirma o secretário.

Ele também atrelou a inauguração dos seis quiosques da praça de alimentação do Parque da Macaxeira, na Avenida Norte, ao encerramento da obra de drenagem. “Vamos fazer um chamamento público para escolher os ocupantes”, diz. Nas barracas, os frequentadores poderão comprar água, sucos e lanches.

A Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebeu denúncia de abandono das obras do parque. O assunto será apurado pela instituição, após o período carnavalesco.

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