Para evitar a interrupção do fornecimento de água nas cidades que são abastecidas pelo Sistema Jucazinho, no Agreste do Estado, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) anunciou que está tomando uma série de medidas preventivas para o caso da barragem entrar em colapso. A ideia da Compesa é permanecer levando água à população, ainda que não seja pela rede de distribuição.
Entre as alternativas, encontra-se a instalação de reservatórios de cinco e dez mil litros em pontos estratégicos das cidades. Pelo menos 40 foram colocados em Salgadinho, Surubim, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Passira, Cumaru, Santa Cruz do Capibaribe, Casinhas, Vertente do Lério e Taquaritinga do Norte. Mesmo não sendo atendido pelo sistema Jucazinho, este último foi contemplado com a ação porque o manancial que o abastece, o de Mateus Vieira, secou. Outros 40 reservatórios estão em processo de compra.
De forma complementar, os reservatórios instalados estão atendendo as localidades onde a Compesa está tendo dificuldade para chegar. “São comunidades que estão em pontos altos ou no fim da rede de distribuição. Como as cidades estão passando pouco tempo com água, nem sempre ela consegue chegar nesses locais mais difíceis. É esse complemento que estamos fazendo agora”, diz o gerente da unidade de negócios do Alto Capibaribe, Mário Heitor Filho.
A gestão dos carros-pipa que abastecem os reservatórios é compartilhada entre a Compesa e prefeituras. A periodicidade com que as caixas recebem e distribuem a água é definida pelo município. “A água que abastece esses reservatórios está sendo captada nos mananciais de Pedra Fina, em Bom Jardim, Cajueiro, em Lagoa dos Gatos, São Jorge, em Cupira, e Siriji, em Vicência. Caso Jucazinho entre em colapso, será usado, também, o manancial do Prata, em Bonito, para suprir essa demanda”, informa o diretor Regional do Interior, Marconi de Azevedo.
PREVISÃO DO TEMPO PARA A REGIÃO DE JUCAZINHO
Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a previsão é que as precipitações fiquem abaixo da média histórica no período chuvoso do Agreste, que vai de abril a julho. Atualmente, as cidades atendidas por Jucazinho estão com um calendário de distribuição de dois dias com água para 28 sem água.