Dia Mundial da Água

No Dia da Água, alguns bairros da RMR ainda sofrem com o abastecimento de água

No Agreste do Estado, a situação é ainda mais grave. Cidades como Surubim, Belo Jardim e Santa Cruz do Capibaribe sofrem com um rodízio que chega a durar 28 dias

Do JC Online
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Publicado em 22/03/2016 às 20:15
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Torneira de água - FOTO: Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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No Dia Internacional da Água, comemorado neste 22 de março, algumas cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) ainda sofrem com o abastecimento na região. Alguns municípios, por exemplo, chegam a ficar, em média, dois dias sem água. É o caso de Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, que sofrem com o sistema de rodízio. Já no Agreste de Pernambuco a situação é ainda mais grave. Por conta da seca, cidades como Surubim, Belo Jardim e Santa Cruz do Capibaribe sofrem com um rodízio que chega a durar 28 dias. 

Segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), boa parte da RMR não sofre com a falta de água nas torneiras. A situação é ainda mais confortável nas áreas planas da região. Ainda segundo a companhia, apenas os morros e alguns municípios, sofrem com o sistema de rodízio. No caso de Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, o sistema acontece por conta do volume do manancial Botafogo (Igarassu), que abastece a região. Mas, com as chuvas de verão que caíram na cidade, a companhia acredita que o volume será suficiente para abastecer as cidades, sem a necessidade de ampliar os dias do rodízio. Por conta das chuvas, o volume das principais barragens que abastecem o Recife, como Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho, e Tapacurá, em São Lourenço da Mata, os níveis de água também foram elevados.

Já no Agreste de Pernambuco a situação se complica por conta da seca. Segundo o diretor regional do interior da Compesa, Marcone Azevedo, a maioria das barragens está em pré-colapso ou colapso. Os municípios que mais sofrem no agreste estão localizados nas áreas setentrionais e centrais da região, que chegam a ter um rodízio de 28 dias, como é o caso de Surubim, Belo Jardim e Santa Cruz. No agreste meridional, em Garanhuns, por exemplo, o abastecimento acontece todos os dias. "Nesta área, em função do micro clima, as barragens estão em uma situação melhor. Existem cidades sem rodízio, como é o caso de Garanhuns, ou cidades onde o rodízio é mínimo, como Brejão e Bom Conselho, que sofrem a falta de abastecimento em um ou dois dias", explicou Marcone. 

Já o Sertão de Pernambuco conta com a vantagem da presença do Rio São Francisco. "Por meio das adutoras existentes, como é o caso da Pajeú - que capta água no lago de Itaparica - a água é levada para 12 cidades do sertão", contou Marcone. Segundo o diretor, Petrolina não entra no sistema de rodízio.

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