Moradores de Petrolina, no Sertão do Estado, devem realizar, até a próxima quarta-feira, um ato público em defesa das investigações da Polícia Civil relativas ao caso Beatriz Mota. A menina foi assassinada a facadas no dia 10 de dezembro de 2015, dentro do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, um dos maiores da cidade.
Os organizadores do protesto consideram que os advogados da escola estão tentando desqualificar o trabalho da polícia. Na última terça-feira, o delegado Marceone Ferreira, que comanda a investigação, afirmou que cinco funcionários da unidade de ensino podem estar entre os suspeitos de terem praticado o homicídio. A resposta dos advogados foi afirmar que a atitude do investigador tinha sido “inadequada”, uma vez que o inquérito deveria correr sob sigilo.
O formato da manifestação ainda não foi definido, mas os organizadores falam em uma carta aberta à população, na qual os votos de confiança no trabalho da polícia serão renovados. “A gente percebe a intenção da escola de jogar tudo nas costas da polícia, uma vez que o crime ainda não foi solucionado”, comenta o publicitário Marcos Brasil, um dos organizadores do ato.
Na próxima segunda-feira os advogados do colégio deverão entregar um ofício ao secretário de Defesa Socialm (SDS), Alessandro Carvalho, pedindo providências para o que consideram conduta precipitada do policial ao anunciar que funcionários poderiam estar entre os suspeitos.
Até as 12h de ontem, o Disque-Denúncia tinha recebido 70 informações sobre o caso Beatriz, sendo 18 via WhatsApp. Quem tiver informações pode ligar para o Disque-Denúncia pelo telefone 81- 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Norte, ou pelo telefone 81-3719-4545, no interior do Estado. As informações também podem ser repassadas pelo WhatsApp 81-991193015 ou pelo site www.disquedenunciape.com.br.
