CENTRO

População reclama da falta de segurança no Parque 13 de Maio

Comerciantes e frequentadores dizem que assaltos são constantes no local. Cobram mais vigilância da prefeitura do Recife

Margarida Azevedo
Cadastrado por
Margarida Azevedo
Publicado em 14/05/2016 às 7:12
Foto: Ashlley Melo / JC Imagem
Comerciantes e frequentadores dizem que assaltos são constantes no local. Cobram mais vigilância da prefeitura do Recife - FOTO: Foto: Ashlley Melo / JC Imagem
Leitura:

Frequentadores e comerciantes do Parque 13 de Maio, tradicional área de lazer do Centro do Recife, localizado no bairro de Santo Amaro, reclamam da falta de segurança no local. Assaltos são frequentes, afirmam. Por isso cobram da gestão municipal mais vigilância. O parque tem 6,9 hectares e é maior área verde da região central da capital pernambucana.

“Passo no 13 de Maio pelo menos três vezes por dia porque é caminho para levar e buscar minhas filhas na escola. Evito andar com celular pois tenho medo de assalto. A gente quase não vê vigilantes. Não deveria ser assim. Muita gente circula pelo parque diariamente”, diz a autônoma Carmelita Carvalho, 38 anos. “Também porque é uma boa opção de lazer para trazer as crianças, ainda mais com a crise financeira. Aqui é diversão de graça”, observa Carmelita.

Sobre a manutenção do 13 de Maio, Carmelita reclama da água destinada aos animais. O parque tem um minizoológico com 13 jaulas. Há aves (seriemas, araras, pavão, jandaia e papagaios) e macacos-prego. Gansos são criados livremente, enquanto os demais ficam enjaulados. “A água dos bichos parece estar sempre suja”, afirma a autônoma.

Vendedor de água, refrigerante e salgadinhos dentro do parque há sete anos, Antônio Jesus Santos, 56, chama a atenção para o fato de não haver turistas visitando o local. “A bandidagem corre solta. Segurança só a de Deus. Anteontem (quarta-feira) foram três assaltos. Os vigilantes ficam entocados, vendo televisão”, reclama. “O 13 de Maio virou um parque de favelados que vêm dormir nos bancos durante o dia. Não aparece um turista para visitar”, destaca Antônio.

Lucicleide Amaral, 42, também é comerciante no parque. “Acho que a prefeitura deveria colocar mais vigilância. Outra ação importante é organizar o comércio. Sou cadastrada, vendo com autorização e em um ponto fixo. Mas tem muito vendedor circulando que trabalha sem permissão. Não há fiscalização. Por que no Parque da Jaqueira são rigorosos e aqui não?”, questiona Lucicleide.

Segundo o gerente de Operações da Guarda Municipal do Recife, Cláudio Luiz Gomes, três guardas municipais ficam no 13 de Maio, de domingo a domingo. Há ainda uma viatura com mais três homens que circulam pelo parque. Não permanecem o tempo todo porque atendem outras necessidades do Centro da cidade.

A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) informa que, além da Guarda Municipal, o 13 de Maio conta com vigilância patrimonial. São três vigilantes durante o dia e dois à noite. A manutenção do espaço, que inclui limpeza, capinação e colocação de água nas plantas, é feita por 11 reeducandos. Com relação ao comércio informal, o órgão diz que será analisada a possibilidade de realizar um ordenamento dentro do parque.

HISTÓRIA - O 13 de maio foi inaugurado como parque em 30 de agosto de 1939. Antes, no local, havia o Jardim 13 de Maio, provavelmente numa referência à Lei Áurea, assinada nesta data em 1888. O jardim começou a ser construído durante o governo do general Barbosa Lima (1892-1896).

Últimas notícias