Enfim começaram as obras de construção do Jardim do Baobá, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, lançadas pelo prefeito Geraldo Julio em 31 de março. Situado próximo à Estação Ponte D’Uchôa, o espaço de 3,8 mil metros quadrados no entorno de um baobá centenário (antes cercado por muros particulares) se tornará um local de contemplação, sendo a primeira etapa do projeto Parque Capibaribe. O serviço tem previsão de ser concluído em até 120 dias, ou seja, até setembro.
Leia Também
A fim de atrair os recifenses para a área, serão construídos no local três balanços duplos para crianças e adultos, mesa comunitária, bancos, terraços gramados e um pequeno píer flutuante que possibilitará a atracação de pequenas embarcações. A Rua Madre Loyola será pavimentada com blocos de concreto na altura da calçada.
“A obra é rápida. O mais difícil é a compra de materiais como o piso drenante (que permite o escoamento da água para o solo), não disponível facilmente no mercado”, explica a secretária de Meio Ambiente do Recife, Inamara Mélo. O investimento é do Hospital Português, como compensação a uma outra obra.
O Parque Capibaribe se estenderá pelo percurso de 30 quilômetros do rio (15 de cada lado), articulando-o a espaços públicos, verdes, ciclovias e outros modais de transporte, em uma área de influência de 42 bairros. O conceito é tornar o Recife uma cidade-parque, de forma gradativa. O projeto é feito em convênio com o Inciti-Pesquisa e Inovação para as Cidades, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Como marco do projeto, o município está produzindo réplicas gigantes de sementes de baobá, em cerâmica, para que nelas sejam inseridos bilhetes falando da cidade que esperamos ver em 2037, quando o Recife fará 500 anos. “Devemos colher as mensagens junto às crianças de nossos programas de educação ambiental e enterrar as cápsulas no dia da inauguração do jardim”, explica a secretária. Elas serão abertas na festa de 500 anos.
Uma outra etapa do parque está em processo de avaliação pela Caixa Econômica Federal (CEF). Trata-se do trecho da Avenida Beira-Rio entre as Pontes da Capunga, no Derby, e da Torre, no bairro das Graças, que terá duas faixas para carros, ciclovia, mirante e passarela de pedestres.
A obra tem R$ 57,4 milhões assegurados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) desde 2014, mas, após alterações para se integrar ao parque de forma mais humanizada (seriam quatro faixas para veículos), seu valor caiu para R$ 28 milhões. A ideia do município é conseguir aplicar o restante dos recursos em mais uma etapa do projeto.