Os cinco promotores de Justiça da força-tarefa criada para agilizar as investigações do assassinato da garota Beatriz Mota, de sete anos, já estão estudando as provas produzidas pela Polícia Civil no curso das investigações. A equipe foi apresentada ontem, na sede do Ministério Público, em Petrolina, no Sertão. Beatriz foi morta no dia 10 de dezembro de 2015, durante a festa de formatura do segundo grau do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, na mesma cidade.
Serão quatro promotores que atuarão sob a coordenação do titular da Central de Inquéritos do MPPE na cidade, Carlan Carlo da Silva. Após analisarem as provas, eles pretendem marcar uma reunião com o delegado responsável pelo caso, Marceone Ferreira, para obter detalhes do andamento das investigações.
“Além disso, deixamos claro nosso compromisso de participar de todos os atos e diligências relativos ao caso”, explica o promotor Júlio César Lira. A apresentação da força-tarefa contou com a presença do procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra, e dos pais de Beatriz, Sandro Romilton e Lucinha Mota.
Sandro voltou a questionar a capacidade da escola em realizar um evento de grandes dimensões. A denúncia foi feita em um vídeo gravado por Lucinha. “Além disso não houve comunicação às autoridades de trânsito da prefeitura e à Polícia Militar de que haveria um evento de grandes proporções e com portões abertos”, afirmou. Os pais de Beatriz serão convocados a depor formalmente para os promotores, e se dispuseram a ajudar nas investigações.
Beatriz Angélica Mota, de sete anos, foi morta com 42 facadas durante a festa de formatura da irmã mais velha, dentro da escola. A garota tinha pedido à mãe para beber água e, meia hora depois, foi encontrada sem vida no depósito de materiais esportivos da instituição.
Seis meses depois do caso, a polícia tem apenas um retrato falado e a convicção de que cinco pessoas tiveram participação no homicídio. Não se sabe nem mesmo em que dependência do colégio a garota foi assassinada.