Parceria

SDS passa a receber denúncias por ouvidoria e suspende convênio com Disque-Denúncia

Alegação é de novo modelo dará celeridade à apuração das denúncias

Margarette Andrea
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Margarette Andrea
Publicado em 29/06/2016 às 21:54
Guga matos/JC Imagem
Alegação é de novo modelo dará celeridade à apuração das denúncias - FOTO: Guga matos/JC Imagem
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A Secretaria de Defesa Social (SDS) informa, por meio de nota, que o serviço de delação anônima agora está sendo realizado pela ouvidoria do órgão, motivo da não renovação de parceria com o Disque-Denúncia. Conforme a Organização Não Governamental (ONG), com a suspensão dos recursos do Governo do Estado, o Disque-Denúncia passa a funcionar apenas em horário comercial (das 8h às 18h), a partir desta sexta (1º), após 16 anos atendendo 24 horas por dia, todos os dias.

A ouvidoria da SDS funciona de segunda à sexta, das 7h às 19h, portanto, também em horário reduzido. A secretaria diz que esse modelo de delação anônima já foi implantada por outros órgãos de segurança pública do País. E que “esta ação visa dar celeridade à apuração das denúncias com o repasse, quase que instantâneo, das informações aos órgãos vinculados à SDS, aperfeiçoando a apuração dos crimes no Estado de Pernambuco, meta do Pacto pela Vida”. Salienta, ainda, que a população pode fazer denúncias pelos números 3183 5009 ou 3183 5059, além do 0800 081 5001 e em breve será lançado um número de três dígitos.

“Cabe-nos registrar que a SDS não tem qualquer tipo de gerência na administração do Disque-Denúncia, sendo esta entidade responsável por suas decisões administrativas. Portanto, entendemos que este serviço, também, poderá continuar sendo prestado à população através de outras parcerias”, conclui a nota.

Criado a partir dos movimento Pernambuco Contra o Crime e Agreste Contra o Crime, o Disque-Denúncia atua por meio de duas centrais, uma para receber denúncias de insegurança no Grande Recife e outra, no Agreste. O cidadão liga para a ONG, sem necessidade de se identificar, e esta aciona a polícia, repassando as informações recebidas. Ele foi o primeiro do Brasil a receber informações pela internet com a garantia do anonimato

O serviço já contribuiu para a resolução de inúmeros casos, inclusive de repercussão, como a prisão, em 2014, de Everton Felipe Santiago de Santana, de 23 anos, que confessou participação na morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, 23, atingido por um vaso sanitário após jogo entre Santa Cruz e Paraná. Outro exemplo foi a prisão, em outubro de 2012, do comerciante José Ramos Lopes Neto, condenado a 79 anos de prisão por matar, em 1989, a ex-mulher, Maristela Just.


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