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Rodoviários aceitam reajuste salarial de 9,5% e descartam possibilidade de greve

Assembleia aconteceu na tarde desta quinta. Tíquete-alimentação sobe 20%.

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Publicado em 21/07/2016 às 15:52
Bobby Fabisak/JC Imagem
Assembleia aconteceu na tarde desta quinta. Tíquete-alimentação sobe 20%. - FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem
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Este ano não deve ter greve de ônibus. Em uma rápida assembleia, com cerca de 200 pessoas, na tarde desta quinta (21), motoristas, cobradores, fiscais e despachantes do Sistema de Transporte Público de Passageiros do Grande Recife (STPP) decidiram aceitar proposta dos empresários de reajustar em 9,5% os salários e em 20% o tíquete-alimentação.

O encontro aconteceu na sede do Sindicato dos Rodoviários, em Santo Amaro, área central de Recife, e teve controle de entrada com o mesmo tipo de equipamento que controla os acessos aos coletivos (o control cit). Com o reajuste, motoristas passam a ganhar R$ 2.113,01, cobradores, R$ 971,97, ficais e despachantes, R$ 1.366,40, já em agosto. O tíquete passa de R$ 205 para R$ 225 e também será pago durante as férias.

A categoria teve seis rodadas de negociação com os empresários e tinha proposta inicial de aumento de 14,42%, o que elevaria o salário de motorista para R$ 2.207,16, o de despachante e fiscal para R$ 1.424,52 e o de cobrador para R$ 1.014,90. O reajuste pedido para o tíquete era de 27,6%.

O presidente do sindicato, Benílson Custódio, considerou os reajustes uma conquista. "Indo para oTribunal ele não daria mais que isso. Ele não julga coisas novas, só o que já existe. A categoria é muito sofrida, não tem porque ir para o tribunal todo ano", avaliou.

Do lado de fora, um grupo de oposição que se intitula Associação dos Amigos Rodoviários criticava o fato de muitos terem sido barrados na entrada porque eram demitidos ou aposentados, e de o acordo ter sido fechado. "Isso tudo foi armado com os empresários que mandaram até ônibus com funcionário escolhido por eles para votar. Esse reajuste do tíquete é um absurdo, há três anos lutamos para ele chegar a R$ 300 e não chega. E agora vamos ter que trabalhar 44 horas semanais em vez de 40. Estamos perdidos com esse sindicato", diz o presidente da associação, Magno Rodrigues.

Benilson afirma que aposentados e demitidos há menos de três meses tiveram o direito ao acesso e ao voto. "Os rodoviários ficaram satisfeitos. Os que não são rodoviários é que reclamam", diz.

No ano passado, os rodoviários chegaram a pedir 30% de reajuste. Em dissídio, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) estabeleceu aumento de 12% nos salários e 59,57% no vale-alimentação (de R$ 188 para R$ 300), mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reduziu o percentual de reajuste de salário e tíquete para 9,3%. Com isso, o salário dos motoristas fechou em R$ 1.929,14, o dos cobradores em R$ 887,51 e dos fiscais e despachantes em R$ 1.247. Já o tíquete ficou em R$ 205.

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