Três imóveis abandonados em uma das principais avenidas do Recife estão gerando medo e insegurança para os moradores do entorno. Localizadas na Avenida Norte, bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, as construções viraram um refúgio para mendigos e usuários de drogas. O lixo acumulado dentro dos imóveis é um foco em potencial de diversos vetores de doenças. O lugar está destruído, cheio de entulho e mato.
As casas ficam localizadas entre a Rua Cônego Barata e o Residencial Santa Luzia. Um olhar mais atento para a área ajuda a dimensionar o tamanho do espaço ocupado por essas construções, antes utilizadas para fins comerciais e de moradia.
Hoje, sem qualquer tipo de proteção ou isolamento, as propriedades representam uma ameaça. Não há nada que impeça a entrada, o que faz com que invasores ocupem os prédios e façam as necessidades pessoais no local. Isso, somado aos entulhos depositados, deixa o cheiro na área insuportável, impregnando a região.
“Eu já vi dois homens colocando uma arma na cabeça de um vigilante para assaltar. Os estudantes das escolas aqui perto também são assaltados constantemente. Isso aqui virou um terror”, conta a vendedora Cícera Vieira. Quem vive e transita pelo bairro relata que os assaltos são constantes e, mesmo com as diversas denúncias já encaminhadas, até o momento nada foi feito. Moradores afirmam que a vivência da comunidade tem sido tolhida por conta da situaçao dos prédios.
“O bairro é bom, mas ficamos à mercê desse medo. Sem contar o mau cheiro e o fato de que o que era uma área valorizada se transformou em uma parte que eu agora procuro não passar nem perto”, diz a artesã Gilvanete Acioli, ressaltando que essas práticas são comuns tanto durante o dia, quanto à noite.
A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife (Semoc) afirma que os imóveis em questão são de propriedade privada, mas reitera que “fiscais da pasta já notificaram o dono para demolir ou recuperar os prédios”. Ainda segundo a Semoc, foram aplicadas três multas pela irregularidade, que variam de R$ 1.500 a R$ 1.800.
Já a Secretaria de Defesa Social (SDS) declarou, através de nota, que realiza um policiamento ostensivo no bairro, feito “pelas Patrulhas do Bairro; por Guarnição Tática; por motopatrulheiros; pelo policiamento na modalidade a pé; além do recobrimento pelo Grupo de Apoio Tático Itinerante.” A SDS ressalta ainda que os moradores do bairro devem formalizar todas as ocorrências, assim como as características de indivíduos suspeitos, através do 190 ou ligando para a central do Batalhão pelo 3183.5474.