Frio e calculista. É assim que a polícia enxergou o pedreiro Paulo César de Oliveira da Silva, de 25 anos, que confessou ter matado a ex-companheira, Remís Carla. Segundo informações da polícia, com o objetivo de ludibriar o crime, o suspeito chegou a depositar R$ 50 na conta da de Remís e informou isso por Whatsapp para a mãe da estudante.
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Segundo o ex-companheiro, os dois estavam na casa dele, no loteamento Nova Morada, no bairro de Caxangá, Zona Oeste do Recife, quando os dois brigaram. Remís teria tentado levar o celular de Paulo, já que o agressor havia quebrado o telefone da vítima no dia 22 de novembro. Paulo, então, não teria aceitado o que começou uma discussão e agressões físicas. Na confusão, o namorado tentou calar a boca da jovem com a mão direita. Remís teria tentado reagir, mordendo a mão do namorado, mas teve o pescoço asfixiado pela mão esquerda de Paulo César.
Segundo o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrler do Amaral, Paulo César vai passar por exame traumatológico por causa da sua mão que apresenta lesões de mordedura da vítima. "As lesões na sua mão ainda estão aparentes. Logo após, o suspeito vai passar por uma audiência de custódia".
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No último sábado (23), após a informação de que o corpo de Remís havia sido encontrado, foi mantido contato telefônico com o suspeito e através de uma monitoração a localização dele foi descoberta no município de Vicência, Zona da Mata Norte de Pernambuco. "A equipe do DHPP foi até ele e conseguiu localizá-lo. No translado, ele confessou a prática do feminicídio", afirmou o delegado Élder Tavares, da Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa.