MEIO AMBIENTE

Programa do Instituto JCPM promove conscientização ambiental no Recife

Ação no entorno do mangue retirou cerca de uma tonelada de resíduos descartados de forma irregular no Recife

JC Online
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Publicado em 26/07/2018 às 11:03
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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A Zona Sul do Recife passou por uma ação de conscientização ambiental, na manhã desta quinta-feira (26), em projeto realizado pelo Instituto João Carlos Paes Mendonça (IJCPM). Crianças e adolescentes contaram com o apoio de parte da colônia de pescadores de Brasília Teimosa e da Emlurb para limpar o entorno do mangue retirando cerca de uma tonelada de lixo. A ação, ainda que pontual, é o ponta pé para educação daqueles que são responsáveis pelo meio ambiente.

A coordenadora de educação ambiental da Fundação Mamíferos Aquáticos, Daniela Araujo, explica que a meta é, até 2030, reduzir consideravelmente o volume de consumo de plástico e a despoluição dos rios e mares: "Aqui fazemos resgate de fauna marinha e trabalhamos para conservação desses animais. Observamos que, na última década, o número de animais resgatados em decorrência da ingestão de resíduos triplicou".

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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"Poluição não é problema local"

Além de não ser problema local, a ação reforça o exercício de não descarte de resíduos em locais indevidos - não apenas no margue. Sergio Maffioletti, gerente de desenvolvimento socioambiental do IJCPM, explica que lugares que possam carrear para o mangue, como as ruas a passeios, também merecem a atenção de todas as gerações. 

"Essas crianças que foram sensibilizadas com o processo informativo e esse momento em campo faz com que eles entendam a importância de fazerem diferença no futuro. Nosso dia-a-dia é levar sustentabilidade não só para esses locais no entorno do empreendimento, mas para a vida de cada um", argumenta. 

Augusto de Lima, de 70 anos, é representante da colônia de pescadores de Brasília Teimosa e participou da ação. No projeto, questionou construções indevidas no interno do mangue. Afinal, é dele que vem a renda, o trabalho e a subsistência. "Hoje a vida marinha é zero porque não tem oxigênio. A cadeia primária já foi extinta, já não se vê mais caranguejos porque está cheio de gás metano, gerado pelo plástico com a luz solar. Assim você vê o tamanho da agressão que o ambiente sofre", expõe.

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