A brincadeira é o melhor remédio para que as crianças enfrentem o ambiente hospitalar. Esse conceito terapêutico de tratamento que está em prática na brinquedoteca do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), na área Central do Recife, com uma programação de atividades lúdicas e recreativas. Até a próxima sexta-feira, as crianças internas na unidade poderão participar de oficinas culturais, apresentações de teatro e de música. A ação faz parte do projeto “Viva a Cultura!”, e se baseia na arte como terapia complementar, tornando o ambiente de internação mais humano e acolhedor.
O Viva a Cultura! é um projeto da AstraZeneca em parceria com o Instituto Dançar, e tem apoio do Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei 8.313/91). A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global e opera em mais de 100 países. Contudo, a ação não aposta em drogas manipuladas, mas na diversão como medicamento para as crianças.
O diretor médico do IMIP, o dr. Marcus Andrade acredita que terapias que vão além do tratamento químico influem positivamente na recuperação dos pacientes. "Entendemos essas iniciativas lúdicas, artísticas e culturais como de grande importância no processo terapêutico dos pequenos pacientes. Essas atividades trazem uma significativa melhora no humor e na autoestima", destacou
As oficinas de brinquedos acontece durante as manhãs e à tarde o teatro e a música chega aos pacientes, inclusive aos que estão de cama. Uma dupla de músicos chegam aos leitos levando o som de flauta e violão. Além disso, um tradutor da Língua Brasileira dos Sinais (Libras) inclui os deficientes auditivos nas atividades que vão até as 17h da tarde. Assim, a brinquedoteca e as atividades do Viva a Cultura! estão servindo para trazer de volta a disposição de pequenos pacientes.
A MELHORA
A tia de Vinícius, que está com suspeita de leishmaniose, Maria Luiza do Nascimento, 50, ficou animada em poder ver o sobrinho se divertir novamente. O pequeno está internado desde o dia 13 deste mês quando foi picado por um mosquito, e a ferida infeccionou. “Está sendo uma maravilha. Ele gosta muito de desenhar, de pintar, e ficar parado é um sofrimento. Essas atividades deixam ele normal, tranquilo. Ele só quer saber quando vai sair daqui”, contou.