O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Transportes de Valores de Pernambuco (Sindfort-PE), Cláudio Mendonça, viu a tentativa de assalto a um avião de transporte de valores, em Salgueiro, no Sertão pernambucano, na manhã desta quarta, com surpresa e preocupação. Segundo ele, este ano a entidade já contabilizou outras nove investidas a carros-fortes e em 2017 foram vinte, mostrando a vulnerabilidade dos profissionais da área, sobretudo no Sertão e Agreste. Mas não imaginava a possibilidade de um ataque como o que houve, deixando seis mortos e dois feridos.
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“Tenho nove anos de vigilância patrimonial e cinco de vigilância de transportes e nunca soube de nada parecido. Até porque é necessário um grande aparato e planejamento, envolvendo muita gente”, declarou. “Quando o transporte de valores é por avião, normalmente são três etapas da viagem. Duas por terra e uma pelo ar. As etapas por terra são muito mais perigosas nos aeroportos do interior”.
RISCOS
Cláudio destacou o alto risco da profissão. “Nossa fragilidade é muito grande. Quando eles atacam já vêm com toda as informações do transporte e muito bem armados”, observou. “Não há reação, até porque só podemos portar arma calibre 12 e um revólver 38. Contamos com a sorte, mas as empresas estão seguradas.”
Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que a Força-tarefa Bancos, criada em 2017, prendeu cerca de 200 assaltantes e desarticulou mais de 30 quadrilhas. Ainda salientou o reforço do policiamento ostensivo em áreas e horários vulneráveis, de equipamentos e do serviço de inteligência. “No caso dos carros-fortes, um planejamento operacional, com reforço do policiamento nas rotas, tem ajudado a inibir esse tipo de ação”.