Ativistas da causa animal realizam na manhã deste sábado (8), em frente a uma loja do Carrefour na Avenida Domingos Ferreira, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, uma manifestação para pedir justiça no caso da cadela que morreu após ser agredida por um segurança do Carrefour de Osasco, em São Paulo, onde também deve ser realizado um protesto, na tarde deste sábado. O caso aconteceu no dia 30 de novembro e comoveu o País inteiro por causa de sua brutalidade.
O segurança que causou a morte da cadela após agredi-la com uma barra de ferro no estacionamento do Carrefour de Osasco prestou depoimento à polícia na delegacia do Meio Ambiente da cidade tarde da última quinta-feira (6) e negou que tenha tentado envenenar o animal, como acusam protetores, e disse que está “muito arrependido” .
Para Ricardo Cruz, fundador do projeto Socorro Animal, é necessário chamar a atenção da sociedade para as causas animais. "Todo crime absurdo que tem sido feito contra os animais no nosso País precisa de uma punição maior. Estamos lutando, fazendo esses protestos justamente para que existam leis que sejam mais severas e que, efetivamente, coloquem os agressores na cadeia."
COMOÇÃO
Presidente da Federação das ONGs de Proteção Animal de Pernambuco (Faos-PE), Luciane Nascimento salientou que a tragédia com a cadela mostra a necessidade de aprovação das duas leis que tramitam em Brasília, aumentando a pena para quem maltrata animais e colocando-os como sujeitos de direito. "O caso de Osasco causou comoção nacional pela brutalidade. A cadela já vivia por lá, era alimentada, não era agressiva. Além disso, cada dia se vê mais maus-tratos e a sociedade está cansada disso", afirma.
A ONG Adote com a Raça do Amor distribuiu panfletos sobre direitos dos animais e legislações que tratam do tema. "Essa mobilização é importante para que a justiça prevaleça. Era uma vida", diz Leila Duarte. "E a população precisa ter consciência de que só acontece essas coisas porque há o abandono", complementa Adriana Moreno.
A coordenadora de pessoal Enilma Ribeiro e o marido, o vendedor Douglas Ribeiro, saíram de São Lourenço para participar do protesto. O casal tem nove cães, alguns resgatados das ruas, e levou a cadela Ana Elizabete para o ato. "Esse caso do Carrefour não é um fato isolado, a gente vê maldade todo dia e isso precisa mudar", defenda ela. "As pessoas têm que respeitar os animais. Juntos podemos mudar essa realidade", complementa Douglas.
