A cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), está entre as cinco cidades do Brasil escolhidas para fazerem parte do projeto-piloto do Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta, do Governo Federal. Em reunião realizada nesta quinta-feira (28), na Secretaria de Planejamento e Gestão, o secretário nacional de Segurança Pública, o general Guilherme Teófilo, anunciou que pelo menos 100 agentes da Força Nacional, além de equipes das Polícias Federal e Rodoviária Federal, estarão nas ruas da cidade para reforçar a segurança pública a partir de 1º de julho.
Segundo o general, Pernambuco foi escolhido pelo apoio que o Governo Estadual, juntamente com o município de Paulista deram ao projeto. “O governador, o secretário de segurança e o prefeito apoiaram (o projeto) e estão dispostos a esse esforço que será traduzido na sensação de segurança que queremos implantar em todo o País”, explicou.
O projeto é interministerial e envolverá sete pastas federais que levantarão dados de segurança pública para estudo e expansão do projeto. “Vamos ter efetivamente um pessoal no campo em primeiro de julho, mas já a partir de junho vamos estar com o pessoal dos ministérios que vão fazer o diagnóstico do local de segurança. Para que vejam a parte social a parte ambiental, geração de empregos, tudo isso é segurança pública e vai ser colocado no relatório”, pontuou Teófilo."As equipes não ficarão apenas na parte de segurança e vão checar o que foi que houve para reduzir a criminalidade. Tudo isso está no pacote para que o País, que é reduto da criminalidade, possa sair dessa situação", acrescentou.
As demais cidades do Brasil que farão parte do programa deverão ser anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro na próxima segunda-feira (1°) e compreenderão o mesmo papel de Paulista. Reunindo dados para a implementação do projeto em outras cidades posteriormente.
Além do general, e com um passagem rápida do Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, estavam presentes na reunião o secretário estadual de Defesa Social Antônio de Pádua e o prefeito de Paulista Júnior Matuto.
O secretário da SDS salientou que o modelo aplicado no Estado e em Paulista, do Pacto Pela Vida, foi usado como parâmetro para o programa, por isso a escolha da cidade. “Paulista foi escolhida porque vem apresentando reduções expressivas nos crimes contra o patrimônio e contra a vida, em razão de trabalhos das forças estaduais”, afirmou. Segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), Paulista registrou 127 homicídios em 2018, 69 a menos em relação a 2017, o que representa uma queda de 43% nos índices.
Papel do Estado e do município
Pádua explicou que o Governo do Estado e o município de Paulista terão cada qual uma atividade específica nesse planejamento de segurança nacional. “O município com suas guardas municipais através da prevenção; o Governo do Estado através de suas forças de segurança fazendo o trabalho ostensivo, preventivo e investigativo; e o Governo Federal ajudando a coordenar e reforçando com recursos públicos todas essas atividades”, elucidou o secretário, embora o Governo Federal não tenha divulgado o valor do investimento para o Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta.
Para o prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), ter a cidade como parte projeto-piloto será uma forma de consolidar a segurança no município. Ele frisou que o trabalho de segurança é maior que o enfrentamento direto à criminalidade. “Não adianta a gente ter a ação corretiva e não ter a preventiva, que é a de inclusão, pois sabemos que, na maioria das vezes, a violência está nos bolsões de pobreza onde as pessoas carecem de espaços de convivência, de infraestrutura e de tantas outras ações”, pontuou o gestor.