Urbanismo

Barraca fixa não será mais permitida na orla de Olinda

O prazo para retirada das barracas termina segunda-feira (15). Ação é executada pela Secretaria Executiva de Controle Urbano do município

Da Editoria Cidades
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Publicado em 13/07/2019 às 8:08
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O prazo para retirada das barracas termina segunda-feira (15). Ação é executada pela Secretaria Executiva de Controle Urbano do município - FOTO: Foto: Bianca Sousa/JC Imagem
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Comerciantes com barraca fixa nas Praias do Carmo e dos Milagres, no Sítio Histórico de Olinda, têm até as 17h da próxima segunda-feira (15/07) para retirar as construções de tábua, plástico e lona da faixa de areia. O prazo foi estabelecido pela Secretaria Executiva de Controle Urbano da cidade e faz parte do projeto de ordenamento da orla. De acordo com a prefeitura, a partir da terça-feira (16) os barraqueiros só poderão trabalhar com equipamentos móveis, como ocorre nas praias do Recife.

“Eu recebi a notificação e vou desmontar barraca, mas é muito complicado carregar mesas, cadeiras e toldo num carroça para botar e tirar da praia todos os dias”, afirma Joselito Gonçalves dos Santos, 51 anos. Ele trabalha na Praia dos Milagres há cinco anos. “No começo eu também vendia madeira para padarias e morava na barraca, que era de madeirite e troquei por portas de frigorífico. A prefeitura proibiu a moradia três anos atrás”, acrescenta o comerciante.

Joselito vende bebida e comidas na praia diariamente, pela manhã, à tarde e no horário noturno. “Funciono 24 horas, isso é bom porque evita assaltos”, comenta. Segundo ele, o movimento de banhistas que consomem na barraca é maior aos sábados, domingos e segundas-feiras. “No meio da semana a gente não vende nada, é um sufoco”, diz. Com o ordenamento, o comerciante fica autorizado a colocar na praia um toldo branco, mesas pequenas e cadeiras para os clientes.

 Joselito Gonçalves trabalha nos Milagres há cinco anos (Foto: Bianca Sousa/JC Imagem)

A barraqueira Cristina Joana Correia dos Santos, 52, trabalha na Praia dos Milagres há mais de 20 anos, todos os dias, e ressalta que vende bebidas e comidas na orla porque precisa trabalhar. “Tenho um neto para criar”, destaca. Ela disse que foi surpreendida pela notificação. “Vou arrumar um lugar para guardar o material (mesas, cadeiras, toldo, isopor, caldeirões) e isso não é fácil, fui pega desprevenida com essa despesa extra de aluguel”, diz.

Prefeitura

Secretário executivo de Controle Urbano de Olinda, Sérgio Fentes informa que nenhum barraqueiro está impedido de vender seus produtos nas Praias do Carmo e dos Milagres. “Sabemos das situação do País e não haverá retirada de barraca, mas não podemos permitir na entrada do Sítio Histórico equipamentos fixos, muitos usados como moradia, de papelão e madeira”, destaca Sérgio Fentes.

A prefeitura notificou 12 barracas no Carmo (por trás dos Correios) quarta-feira passada (10) e duas nos Milagres anteontem (11). “Nossa proposta é padronizar o comércio da orla, numa ação educativa. Os comerciantes do Carmo poderão colocar os equipamentos para atender os clientes sob um toldo branco e na frente do toldo estão liberados para botar 30 cadeiras e 10 mesas”, diz o secretário.

O padrão de três cadeiras por mesa será mantido nos Milagres. O horário para o comércio informal é das 7h às 17h. “Essa operação prevê melhorias na orla toda, já retiramos os equipamentos de som e não permitimos propagandas excessivas. O próximo passo é reformar as palhoças até 7 de setembro para a abertura do Verão.”

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