Após vários dias de calor intenso, moradores do Grande Recife foram surpreendidos com a chuva que atingiu a região entre o domingo (15) e a manhã desta segunda-feira (16). Apesar disso, a Região Metropolitana do Recife (RMR), ainda não registrou uma quantidade significativa de chuvas, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). A última vez foi em 20 de outubro de 2019. O órgão considera chuva significativa acima de 10 milímetros por hora.
O monitor pluviométrico da Apac no Córrego do Jenipapo, Zona Oeste do Recife, foi o que mais registrou chuva no Estado. Foram 25,46 milímetros das 7h50 do domingo (15) às 7h50 desta segunda (16).
Para a agência estadual, até 20 milímetros por dia, a chuva é considerada fraca. Entre 20 e 40 mm, o nível passa para moderado. Já acima de 40 milímetros, a chuva é considerada forte. Para se ter uma ideia, no dia 13 de junho de 2019, choveu 117 mm durante seis horas apenas no Recife.
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De acordo com a Apac, em novembro de 2019 choveu menos que cinco milímetros durante todo o mês, enquanto no mesmo período em 2018, 2017 e 2016, o acumulado do mês chegou a 40 mm, 10 mm, 15 mm, respectivamente.
Mudanças climáticas
Apesar das chuvas, segundo o meteorologista Roni Guedes, as temperaturas no Grande Recife ainda vão aumentar ao longo do mês de dezembro. Neste ano, o maior valor de temperatura registrado na Região Metropolitana foi de 33,8ºC, um grau acima do ano passado, que obteve 32,8°C de máxima. O valor ainda é inferior ao recorde de temperaturas das cidades litorâneas em 2015, quando a Apac mediu 36,7°C.
De acordo com o especialista, o que acontece é que o globo inteiro está sofrendo com as mudanças climáticas, e isso tem efeitos em cada localidade.
“Existem vários estudos climáticos que apontam que a tendência é que os verões sejam cada vez mais quentes. Com certeza teremos registros de maiores temperaturas não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil”, disse o especialista da Apac.