O clima carnavalesco que já toma conta do Recife e de Olinda há algumas semanas ganha mais um reforço neste domingo (9): o Dia do Frevo. A data remete ao momento em que o termo "frevo" foi usado pela primeira vez, em 1908, em uma edição do extinto jornal Pequeno.
O nome frevo tem origem na palavra ferver, que na pronúncia popular virou "frever". O frevo surgiu em Pernambuco, entre o final do século XIX e o início do século XX, como um ritmo carnavalesco.
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Originalmente, o frevo não tem letra, é apenas tocado por uma orquestra. A dança no ritmo que “entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé” mistura passos de ballet, capoeira e cossacos e, embora arraste multidões na democrática manifestação que é o Carnaval de Pernambuco, o frevo tem uma dança complexa e que conta ainda com o toque da famosa sombrinha colorida, utilizada com bastante técnica pelos dançarinos.
Além de vários passos, o frevo também tem é dividido em outros ritmos, como o frevo-de-rua, o frevo-de-bloco e o frevo-canção. O primeiro é exclusivamente feito para dançar, enquanto o frevo-de-bloco é tocado por uma orquestra de Pau e Corda e embala os blocos líricos do Carnaval pernambucano. O frevo-canção, por sua vez, é mais lento, composto por uma introdução e uma parte cantada, terminando ou começando com um refrão.
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Patrimônio imaterial
Em 2016 o frevo foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). De acordo com a Unesco, o patrimônio cultural imaterial é transmitido entre as gerações e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, da interação com a natureza e da história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, o que contribui para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.