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Mais virgens nas ruas de Bairro Novo, em Olinda

Expectativa de público dobrou com a decisão da agremiação de tornar gratuita as inscrições para desfilantes

Da editoria de Cidades
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Publicado em 13/02/2020 às 18:05
Foto: Fernando da Hora/ Acervo JC Imagem
Expectativa de público dobrou com a decisão da agremiação de tornar gratuita as inscrições para desfilantes - FOTO: Foto: Fernando da Hora/ Acervo JC Imagem
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Este domingo (16) será dia de uma das mais antigas prévias de Carnaval de Olinda. As Virgens do Bairro Novo deverão arrastar cerca de 800 mil pessoas ao longo da data - um aumento de 200 mil desde o ano passado. A expectativa de público subiu com a decisão da agremiação de tornar gratuita as inscrições para quem deseja desfilar como virgens. Esse ano, o número de desfilantes dobrou, chegando a 300.

As atrações também estão maiores. Até o momento, o percurso que vai da vai da praça 12 de março, no Bairro Novo, até a Caixa Econômica Federal de Casa Caiada pela Avenida Getúlio Vargas será animado por 13 trio elétricos. Banda Sedutora, Amigas, Asas da América, Som da Terra, Capital do Frevo, Bateria Cabulosa, Os Caras, Lilli Trindade, Neto Brayner, Banda Interativa, Júnior Maranhão, Delikada e Wandinho são as atrações confirmadas para o evento.

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A programação começa às 08h30, com um café da manhã com os competidores. Às 10h, eles partem em direção ao ponto de concentração, onde terá início o julgamento às 10h30. As virgens disputam por sete títulos, sendo os principais: Luxo, Grupo, Originalidade, mMais Malamanhada, Mais Tímida, Mais Sapeca e Destaque.

Depois, de 12h, começa o cortejo pelas avenidas de Olinda. 

Além do maior investimento, o bloco também está trazendo de volta dois antigos costumes das Virgens do Bairro Novo. No domingo de Carnaval (23), as Virgens na Ladeira voltam a desfilar no Sítio Histórico. “É o mesmo bloco mas sai nas ladeiras de Olinda. Não tem cordão de isolamento, é bem participativo. Todos vestidos de mulher, fazendo o percurso. A diferença é que a gente quer democratizar”, afirmou o diretor Fred Nóbrega, que há 10 anos está na coordenação do grupo. O desfile se concentra a partir das 10h, na Rua 27 de Janeiro (da sede da Pitombeira), no número 211. “É um resgate. As virgens começou mais ou menos assim 10 a 15 pessoas e uma orquestra”, revelou.

Já no domingo pós-festa, 1 de março, é o retorno da “feijoada das virgens”, com os ganhadores dos concursos. “O que a gente está tentando fazer é recuperar a tradição maior do bloco: o desfilante. Muita gente estava reclamando que tava se perdendo ao longo do tempo”, disse.

Do surgimento modesto a um público de meio milhão de foliões, Fred avalia que o sucesso do bloco é explicado pela sua irreverência. “Nenhum trio elétrico ou atração colocaria tanta gente nas ruas se não fosse a irreverência dos homens vestidos de mulheres, fazendo sátira da polícia e brincadeiras sadias”, conta. “Hoje, é uma tradição feita em todos os lugares. Existem várias Virgens, e todos eles nasceram da bloco”, assinalou.

 História

O desfile dos homens vestidos de mulheres já virou um fato esperado na agenda de Carnaval. O costume começou em 1953, comum grupo de amigos que jogavam futebol travestidos no Quartel. Logo, começaram a andar pela Avenida Beira-Mar desta forma, agregando uma orquestra de frevo, e, em alguns anos, reunindo mais de meio milhão de pessoas.

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