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A estreia do Bloco Amantes de Biana em Setúbal

Agremaição sai neste sábado ao meio-dia homenageando uma personagem lendária do bairro

Raissa Ebrahim
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Raissa Ebrahim
Publicado em 23/01/2016 às 7:01
Foto: Alexandre Gondim /  JC Imagem
Agremaição sai neste sábado ao meio-dia homenageando uma personagem lendária do bairro - FOTO: Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem
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Esta é a história de uma mulher que virou bloco de Carnaval. Quem é morador de Setúbal – e até mesmo das imediações do Shopping Recife – já deve ter visto esta pichação. Além da famosa frase “Jurandir pague meu dinheiro”, existe a “Biana Puta”. Esta, particularmente, está em toda parte. Mas quem há de saber o porquê dessa pichação, quem fez e por que tantas, em tanta parte? Foi pensando nisso que o Coletivo Setúbal resolveu lançar o Bloco Carnavalesco Amantes de Biana.

O pessoal do coletivo alerta logo: “Não queremos enaltecer o pichador nem a pichação. Nosso bloco não é machista. Na verdade, é uma declaração de amor dos setubalenses à lendária Biana. Queremos espalhar, sim, a alegria e o amor, de uma forma satírica e bem humorada, como é em todo Carnaval”. Biana, infelizmente, não estará a presente. Ela não quis aparecer nem conceder entrevista à reportagem.

O bloco vai para a rua hoje. A concentração está marcada para começar às 12h, na Rua Luiz Inácio Pessoa de Melo, transversal da Augusto Lins e Silva. É a rua da Academia Fitness e do RM Express. As atrações já confirmadas são Nego Thor, Cia do Samba e Soul Frevo.

A ideia do grupo é chamar a atenção para vários temas ao mesmo tempo: machismo, empoderamento feminino, amor, traição, paixão, vingança. Biana, definitivamente, é uma lenda urbana.

O evento no Facebook convoca: "Todos os foliões são bem-vindos, com muito batom vermelho e sombrinha na mão para aguentar o frevo. Biana vai fechar com a cara dos mal-amados". “Em pleno ano de 2016, ainda temos que conviver com esse tipo de machismo. E é também sobre isso que queremos falar”, diz Bruno Pantoja, um dos organizadores, juntamente com Daniel Uchôa, Bárbara Vilella e Arthur Mário.

As camisas custam R$ 20 e estão à venda no Malabar Food Truck, na Rua Luiz Inácio Pessoa de Melo s/n, e na Quality Lavanderia, na Rua Baltazar Passos, 596.

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