Folia

Nadira, a alma de Batutas de São José, é amor antigo ao Carnaval

Presidente do bloco há mais de 20 anos, ela diz que enquanto estiver viva, Batutas jamais morrerá

Ciara Carvalho
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Publicado em 14/02/2017 às 7:30
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Presidente do bloco há mais de 20 anos, ela diz que enquanto estiver viva, Batutas jamais morrerá - FOTO: Ciara Carvalho/JC
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A advogada Isabella Magalhães realizou um sonho de Carnaval. Conheceu na sede do Bloco Batutas de São José a presidente e a alma da agremiação, Nadira Maria de Almeida, uma senhora de 75 anos, cabelos brancos e fala mansa. Quem vê dona Nadira tão delicada não imagina a força que ela carrega quando se trata de colocar Batutas na rua. Costura, praticamente sozinha, todas as fantasias da agremiação e garante: enquanto estiver viva, Batutas jamais morrerá.

É na casa de dona Nadira, no bairro da Linha do Tiro, Zona Norte do Recife, que Batutas ganha vida. O quarto, a sala, a cozinha, tudo se veste de Carnaval, com fantasias espalhadas pela cama, sofá, mesa. No terceiro dia da série de videorreportagens “Ensaios de Carnaval”, o amor de dona Nadira se mistura com a própria história de Batutas.

“Só de desfile são 39 anos. Cheguei aqui menina e até hoje essa paixão nunca passou”, diz. Para ela, o momento mais emocionante é quando Batutas é aplaudido de pé no palco do Marco Zero.

LENDA VIVA

– “Eu quero entrar na folia, meu bem. Você sabe lá o que é isso...”. Dona Nadira cantarola o hino da agremiação e confessa que é a sua música preferida do Carnaval. Ouvi-la falar é emocionante. “Todos os que conheciam a história do bloco já morreram. Mas eu ainda estou por aqui e vamos fazer muitos Carnavais.” Fácil entender a emoção da advogada ao encontrar essa grande dama. “Dona Nadira é uma lenda viva do nosso Carnaval”, reverencia Isabella.

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