No ano em que completou três décadas, o Encontro dos Bonecos Gigantes de Olinda apostou no futuro e dedicou o cortejo a crianças e adolescentes. E a animação do público (não só infantil) ficou a cargo do homenageado do evento, o Palhaço Chocolate, que colocou foliões de todas as idades para pular nas ladeiras.
Antes mesmo do início do cortejo, a meninada já tomava conta do Largo do Guadalupe, no Sítio Histórico. Pais e filhos aproveitavam para dar os últimos retoques nas fantasias. Por volta das 10h30, com uma atrasada saudação de fogos de artifício, os pequenos acompanharam o despertar dos 90 gigantes – 40 mirins, carregados por adolescentes. À frente, 50 jovens passistas abriam o desfile que passou pela Rua do Amparo, Quatro Cantos, Rua Prudente de Morais, entre outras, até transitar pela Quinze de Novembro e encerrar no Largo do Varadouro por volta das 14h.
Comandando a festa lá estava a calunga do Palhaço Chocolate, ao lado do Homem da Meia Noite e da Mulher do Dia, para delírio do pedagogo Ulisses Dornelas que criou e encarna o querido personagem da criançada há mais de 40 anos. “Aprovadíssimo o boneco, ficou sensacional!”, contou o palhaço, sem esconder o orgulho em ver uma cópia gigante sua.
O artista olindense destacou a alegria de ter sido homenageado pela sua terra em pleno Carnaval. “Fiquei feliz demais com essa homenagem. Foi muito bom poder brincar com a meninada e os pais”, disse o palhaço.
CRIADOR
O artista plástico e idealizador do encontro, Sílvio Botelho, enalteceu a integração das famílias ao longo do desfile e se emocionou ao falar das crianças. “Eu fico preocupado com o amanhã, a criança que hoje é instruída terá um futuro brilhante. Por isso temos que educá-la desde o início e apresentar a nossa cultura. Amanhã são os jovens que vão dar continuidade a essa festa tão bonita”, afirmou Botelho.
As famílias destacaram o bom clima no cortejo. “Todo mundo pôde vir brincar na paz e tranquilidade. Realmente, uma festa para as famílias que puderam se divertir sem preocupação nenhuma”, destacou a dona de casa Maria de Freitas.
