Reclamando das condições de trabalho, guardas municipais do Recife protestam, nesta terça-feira (29), em frente à sede da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), no bairro de Santo Amaro, na área central da cidade.
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Os trabalhadores reclamam que os coletes à prova de balas estão vencidos e que os tasers, armas de choque usadas pela guarda, não podem mais ser carregadas. "Estão nos obrigando a circular com coletes vencidos, correndo risco de vida, inclusive para os batedores, que se expõem o tempo todo", reclama o presidente do sindicato que representa a categoria, Everson Miranda.
De acordo com Miranda, os agentes da CTTU não têm recebido fardamento. "As roupas estão muito velhas e, muitas vezes, rasgadas. Quando você vê um guarda com fardamento um pouco melhor pode ter certeza de que ele pagou do próprio bolso", afirma.
O protesto ainda é contra o tempo de espera previsto para receber o benefício por morte. "Agora são oito meses e 10 dias que a nossa família tem que passar fome para receber a primeira pensão se acontecer algo", diz o presidente do sindicato.
"Ainda estão nos forçando, quando tem extra, a trabalhar 16 horas em pé e sem intervalo, porque não tem efetivo. Seria preciso que a CTTU tivesse mil agentes (hoje são 430, segundo o próprio órgão). Sobre o plano de cargos e carreiras, foi prometido que a ascensão funcional seria a cada 10 anos, mas não foi cumprido", acusa Miranda.
O JC Trânsito procurou a Secretaria de Segurança Urbana e aguarda um posicionamento sobre a negociação com os trabalhadores. A CTTU afirma que nenhum serviço foi interrompido. Segundo o órgão, orientadores e viaturas continuam nas ruas. A manutenção de semáforos segue e os guinchos estão à disposição.