Corredor com grande fluxo de veículos da capital pernambucana, a Avenida Conde da Boa Vista se caracteriza pela presença de 74 linhas de ônibus que interligam os quatros cantos da Região Metropolitana do Recife (RMR). Ao todo, 472 veículos trafegam pela via em quatro mil viagens feitas todos os dias.
Nesta terça-feira (4), completam-se 146 anos de morte de Francisco do Rego Barros, mais conhecido como Conde da Boa Vista, pessoa responsável pelo nome da avenida. Político e militar nascido no Cabo de Santo Agostinho, na RMR, ele se formou em matemática pela Universidade de Paris antes de ser escolhido, aos 35 anos, como presidente da Província de Pernambuco, que governou entre os anos de 1837 e 1844.
Segundo Reinaldo Carneiro Leão, do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), Francisco do Rego Barros era um homem inteligente. "Ele era de uma famÍlia extremamente tradicional aqui de Recife, era um homem culto e falava várias línguas", destacou. Ainda de acordo com Reinaldo, quando o Conde da Boa Vista se tornou Presidente da Província de Pernambuco, ele trouxe melhorias para a cidade.
"Ele implementou o que Dom João VI fez no Rio de Janeiro. Ele trouxe para cá uma Missão Francesa, com técnicos que realizaram obras importantes na cidade, como o Palácio do Campo das Princesas e o Teatro Santa Isabel", afirma Reinaldo.
Centro das discussões sobre mobilidade, Avenida Conde da Boa Vista convive com descaso e congestionamentos
A avenida inclusive ganhou destaque nas eleições 2016, por estar no centro dos debates e discussões dos candidatos a prefeito do Recife quando o assunto foi mobilidade, afinal, 254 mil passageiros passam pela popular "Conde", diariamente. No blog De Olho No Trânsito, as propostas dos candidatos e o estado de conservação da via também foram retratados em reportagem publicada no último sábado (1º).
