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Motoristas do transporte complementar do Recife realizam paralisação

A paralisação afeta cerca de 50 mil passageiros. Os motoristas pedem o pagamento de salários atrasados

Com informações da TV Jornal
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Publicado em 27/05/2019 às 8:10
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A paralisação afeta cerca de 50 mil passageiros. Os motoristas pedem o pagamento de salários atrasados - FOTO: Foto: Reprodução/TV Jornal
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Motoristas do transporte complementar do Recife realizam, nesta segunda-feira (27), uma paralisação dos serviços devido ao atraso de quase um mês no pagamento, de acordo com o Sindicato dos Permissionários do Transporte Público Complementar de Pernambuco (Sinpetracope). A paralisação afeta mais de 50 mil passageiros que dependem das linhas, que fazem o transporte dos usuários das áreas de difícil acesso até os terminais integrados. Os micro-ônibus são gratuitos. Ao todo são 18 linhas, que rodam com 58 veículos.

Segundo Manuel Dias, presidente do Sinpetracope, um comunicado foi feito na última sexta-feira (24) informando ao Grande Recife Consórcio de Transporte e aos passageiros sobre a paralisação desta segunda. "Não temos previsão para voltar porque a nossa paralisação é devido à falta de pagamento. A transferência de recursos do Grande Recife para a gente. Até que eles paguem, vamos ficar parados. Já tem duas quinzenas que não pagam, mas desde janeiro que a gente vem sofrendo com constantes atrasos. A gente não tem recursos para colocar o carro para operar", relata.

Os condutores se concentram em frente à sede do sindicato, no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife. Ainda de acordo com Manuel, os motoristas atuam nas zona Norte, Sul, Oeste e Centro do Recife. "No mínimo, para rodar, a gente tem que quer motorista e óleo diesel e não estamos tendo este dinheiro. A gente tem muita responsabilidade com os usuários. A gente comunicou aos órgãos gestores e às comunidades para que tomassem providência de arranjar outra forma de se locomover", explicou Manuel. 

As linhas afetadas pela paralisação são as chamadas alimentadoras, que são gratuitas. Existem também, no transporte complementar, as linhas interbairros, que facilitam o transporte das pessoas entre os subúrbios do Recife, sem passar pelo Centro. Estas não foram afetadas. Nelas, os usuários pagam a tarifa no valor do anel A.

Por meio de uma nota, o Grande Recife Consórcio de Transporte informou que, juntamente com a Prefeitura do Recife e o
Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), está "enviando esforços para solucionar o problema". 

Outras paralisações

Em julho de 2017, os motoristas do transporte complementar também realizaram paralisação das atividades devido ao atraso nos pagamentos. Na época, o que motivou a paralisação foi o atraso de três quinzenas, que totalizavam um valor de aproximadamente R$ 1.000.950,00.

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