Um grupo de caminhoneiros estacionou os veículos no acostamento da BR-101, próximo à fábrica da Vitarela, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o início de aglomeração foi registrada na manhã desta segunda-feira (22). Por volta das 10h, os motoristas se dispersaram.
Ainda segundo a PRF, os condutores não chegaram a interditar a via. Em um vídeo obtido pela reportagem do Jornal do Commercio é possível observar que cerca de 30 veículos estiveram no local.
De acordo com Marconi França, líder da categoria em Pernambuco, o ato foi motivado pelos valores da nova tabela de frete. " O Governo Federal nos prometeu no dia 20 de julho uma tabela de frete para melhorar a vida de todos e não cumpriu. Com essa nova correção, vamos passar fome", afirmou o caminhoneiro. Ainda de acordo com ele, o protesto desta segunda foi "apenas o início de uma grande manifestação".
Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, motoristas de transporte alternativo (loteiros) realizaram um protesto no quilômetro 67 da BR-104. A manifestação fechou a rodovia nos dois sentidos, nas proximidades do terminal rodoviário, e gerou congestionamento na área. A via foi liberada às 08h50. Também foi registrada uma manifestação dos loteiros em Panelas, no Agreste, na BR-104 no quilômetro 116. A via foi liberada por volta das 09h.
Veja vídeo:
Caminhoneiros param veículos às margens da BR-101 em Jaboatão https://t.co/xz5QoVl9O8 pic.twitter.com/by8EPWZpSu
— JCTrânsito (@jctransito) 22 de julho de 2019
Reunião com ministro
Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura, receberá líderes da categoria para uma reunião. O motivo é insatisfação dos caminhoneiros com a nova resolução sobre a política de pisos mínimos do frete rodoviário. A data do encontro depende ainda da agenda do ministro. A resolução publicada na quinta-feira (18) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) gerou reação imediata dos líderes da categoria, que voltaram a falar em paralisações.
Na sexta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro disse não acreditar em uma paralisação dos caminhoneiros neste momento, porque - a exemplo do que ocorreu em 2018 - isso teria um impacto muito grande na economia do País. Bolsonaro também afirmou estar pronto para continuar conversando com a categoria.