A passagem do metrô do Recife ficará R$ 0,40 mais cara a partir do próximo domingo (3). Quem desejar utilizar o serviço, passará a pagar R$ 3,40 e não mais os R$ 3 cobrados desde início de setembro. A mudança faz parte do aumento escalonado que vai até março do ano que vem, onde o bilhete passará a custar R$ 4 definitivamente.
Antes do valor final, a passagem ainda sofrerá uma última mudança em de janeiro de 2020, quando passará a custar R$ 3,70. O reajuste das tarifas foi autorizado pela juíza Maria Edna Fagundes Veloso, titular da 15ª Vara Federal Cível, de forma segmentada. Confira todos os aumentos que ocorreram e ocorrerão na passagem do metrô do Recife:
- 5 de maio de 2019 - R$ 2,10
- 7 de julho de 2019 - R$ 2,60
- 8 de setembro de 2019 - R$ 3
- 3 de novembro de 2019 - R$ 3,40
- 5 de janeiro de 2020 - R$ 3,70
- 7 de março de 2020 - R$ 4,00
Desestatização
O governo federal incluiu a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Programa Nacional de Desestatização (PND). A decisão atende a recomendações do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI) e consta de decretos presidenciais publicados no Diário Oficial da União (DOU). A CBTU é responsável pela operação do metrô do Recife, além de Belo Horizonte, Maceió, João Pessoa e Natal.
De acordo publicou o Blog MoveCidade, para que o processo de desestatização seja concluído, o metrô do Recife deve passar a ser gerido pelo governo do Estado. A partir daí, o governo de Pernambuco deverá transformá-lo numa concessão pública. A estadualização é prevista na Lei Federal 8.693, de 3 de agosto de 1993, que descentralizou os serviços de transporte ferroviário coletivo de passageiros, urbano e suburbano, da União para os Estados e municípios, conforme evidenciou o Blog.
Problemas recentes
O metrô do Recife vem sofrendo críticas sobre a qualidade do seviço e o aumento de passagens vem sendo questionado pela população. Neste ano de 2019, os usuários do metrô do Recife vêm enfrentando diversos problemas que paralisaram a operação do sistema. No início de setembro, na quinta-feira (5), o ramal Camaragibe teve o serviço interrompido devido a um rompimento de cabo da rede. A operação no ramal e na estação Coqueiral ficou paralisada por mais de 24h.
No dia 26 de julho, também no ramal Camaragibe, o serviço foi interrompido após uma pane elétrica perto da estação Coqueiral. Uma rede de pesca, encontrada em cima de um dos trens, teria provocado o problema.
No dia 22, a linha Sul do metrô passou quatro horas paralisada depois que um trem apresentou falha na alimentação de energia e parou entre as estações Tancredo Neves e Shopping. Com a quebra, os passageiros desceram do trem e andaram pelos trilhos. No dia 18 de agosto, a linha Centro passou quatro dias sem funcionar por causa de problema nos cabos de energia que alimentam os trens.