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Projeto de Lei pode instituir multa caso 'Uber' cancele viagem ou se atrase

PL ainda prevê que viagens sejam rastreadas para segurança dos motoristas

JC Online
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Publicado em 16/01/2020 às 20:51
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As plataformas de entregas, como Rappi e IFood (além do Uber Eats e 99 Entrega) também serão atingidas - FOTO: Foto: Adige Silva/JC
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Está em análise na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado uma proposta (PL 6.476/2019) que, se aprovada, pode instituir multa caso o motorista de aplicativo (de Uber ou 99, por exemplo) cancele a viagem uma viagem após ter aceitado a corrida ou até mesmo se atrase além do tempo previsto pelo aplicativo.

O projeto, de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) prevê que o passageiro terá direito a receber uma multa equivalente a 5% do salário mínimo em vigor. Esse valor corresponde hoje a R$ 51,95. E, caso o motorista se atrase, a multa será de 1% do salário mínimo, o equivalente hoje a R$ 10,39. Essas multas ocorrerão quando o serviço for prestado por empresas por meio de motoristas a ela vinculados contratualmente e que disponibilizam plataformas eletrônicas aos passageiros na contratação dos serviços.

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O projeto também traz medidas para dar mais segurança aos motoristas desses aplicativos diante do aumento de casos de violência. O PL determina que a empresa deverá rastrear as rotas do motorista para, em caso de desvios inesperados que causem suspeitas de alguma ameaça contra ele (como sequestros ou assaltos), expedir alertas às autoridades e adotar outras medidas visando à proteção tanto do motorista como de algum eventual passageiro que também seja vítima.

O PL 6.476/2019 ainda obriga as empresas a contratarem um seguro para reparar prejuízos sofridos pelo motorista em casos de furtos ou roubos do veículo.

JUSTIFICATIVA DO PROJETO DO UBER

O senador Acir Gurgacz explica que sua intenção é proteger as partes mais vulneráveis na prestação do serviço. "As empresas que prestam serviços de transporte individual através de plataformas eletrônicas, contratando inúmeros motoristas, têm cometido alguns abusos. Há poucas garantias aos consumidores e aos motoristas. Enquanto a empresa tem lucros, as partes mais vulneráveis lidam com riscos e prejuízos. Busco equilibrar a relação negocial, possibilitando aos consumidores receber multas em casos de cancelamentos indevidos ou atrasos. E por outro lado, o PL também cria regras para a proteção do motorista, diante de perigos de sequestros e assaltos", explicou na justificativa.

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