URBANISMO

Prefeitura do Recife busca parceria para mudar o Coque

PCR quer apoio da iniciativa privada para reorganizar comunidade, na Joana Bezerra, e garantir qualidade de vida

Do Jornal do Commercio
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Publicado em 18/04/2012 às 7:30
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
PCR quer apoio da iniciativa privada para reorganizar comunidade, na Joana Bezerra, e garantir qualidade de vida - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O plano de revitalização da área central do Recife vai além do projeto urbanístico concebido por quatro construtoras para ser erguido no Cais José Estelita, no bairro de São José. A Prefeitura do Recife deseja firmar uma parceria com a iniciativa privada para reurbanizar o Coque, comunidade carente da Ilha de Joana Bezerra localizada numa Zona Especial de Interesse Social (Zeis). O Executivo municipal acredita que, com o projeto Novo Recife e a consequente valorização dos bairros que formam o Centro, o Coque - um local degradado como o cais, porém habitado - pode ser beneficiado com melhor infraestrutura.

Moradores da comunidade receberam a informação com ceticismo. Eles pedem trabalho e habitação. E reclamam de serviços básicos, como coleta de lixo e assistência médica no posto de saúde da comunidade. Na segunda-feira, o JC visitou a comunidade e constatou que há lixo acumulado em vários pontos. O único espaço de lazer para as crianças é a Academia das Cidades, erguida pela prefeitura. No Coque, muitas moradias são precárias, como palafitas ou casebres de madeira e papelão. Até as casas de alvenaria carecem de esgotamento sanitário.

Sem adiantar detalhes, o prefeito João da Costa (PT) disse que a licitação para definir a empresa que vai tocar a Parceria Público-Privada (PPP) ainda não tem prazo para ocorrer. Ele informou, porém, que o projeto contemplaria a re-qualificação de três vias importantes da região: a Avenida Sul e as Ruas Imperial e Cabo Eutrópio. Esta última corta o Coque e liga A Avenida Beira-Rio à Rua Imperial. "Temos discutido elaborar um projeto de reurbanização da Avenida Sul, fazendo uma PPP para que possa integrar aquela região do Coque", disse o prefeito.

Apesar da iniciativa se encontrar em fase embrionária, João da Costa garantiu que moradores da comunidade serão aproveitados na construção e no funcionamento dos empreendimentos.

"Há uma exigência, na licença de construção, de se contratar mão de obra local", asseverou, usando como exemplo a loja da Ferreira Costa que está sendo erguida na Tamarineira, Zona Norte da cidade. Segundo o prefeito, 500 pessoas que residem em bairros como Morro da Conceição, Alto José do Pinho e Bomba do Hemetério estão em treinamento para ocupar boa parte dos 700 empregos que serão gerados.

Leia mais no JC desta quarta-feira (18)

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