O julgamento do dissídio dos rodoviários, realizado na tarde desta quinta-feira (5) na sede do Tribunal Regional do Trabalho, no Cais do Apolo, terminou com a decisão de reajuste salarial de 7% para a categoria e determinou o fim da paralisação à 0h desta sexta (6). Os juízes seguiram o voto da relatora, que considerou a greve abusiva e ainda determinou que os empresários descontem no salário dos grevistas os dias parados. Caso haja descumprimento, o Sindicato será multado em R$ 20 mil por dia.
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O aumento determinado pela justiça foi o mesmo sugerido pelo Ministério Público do Trabalho durante a mediação das primeiras negociações.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Patrício Magalhães, precisou sair do Tribunal escoltado. A categoria acusa o líder de não apoiar o movimento e pedem a saída dele da presidência.
Os rodoviários contrários ao presidente Patrício saíram em passeata pelo centro da cidade no início da noite. Eles seguiram pela Avenida Conde da Boa Vista em direção à Avenida Agamenon Magalhães, no Derby, aos gritos de "Fora, Patrício!". O Batalhão de Polícia de Trânsito fez a escolta do protesto, além de equipes do policiamento com cavalos, motos e 50 policiais militares do 16º BPM. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) também realizou o monitoramento.
Os rodoviários querem reajuste salarial de 30%, enquanto os empresários propuseram 4,5% na primeira negociação. Com o reajuste determinado judicialmente, o salário dos motoristas passa de R$ 1.350 para R$1.500, o dos fiscais de R$ 907 para R$ 970 e o dos cobradores de R$ 643 para R$ 690. O vale-refeição também vai aumentar, passa de R$ 140 para R$ 160.