O Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) chega nesta sexta-feira (23) aos 128 anos com futuro e presente incertos. Mas a mobilização em favor do hospital-escola – que exporta profissionais para outros centros médicos e é motivo de orgulho de servidores e ex-alunos por causa da dedicação de ilustres e anônimos trabalhadores –, já conseguiu, ao menos, assegurar novos compromissos do governo com a instituição.
A manifestação pró-Huoc, em atos públicos ou por meio de redes sociais, ganha na manhã desta sexta-feira novo capítulo, com festa de aniversário que arrecadará donativos para vítimas da seca e, ao mesmo tempo, convocará a sociedade a “vestir a camisa” do Oswaldo Cruz. A partir das 9h, na porta do prédio principal, haverá declarações de amor ao Huoc e cobranças para que o governo estadual retribua, assumindo sua responsabilidade com o financiamento do complexo que atende mais de mil pessoas por dia.
Fundado em 1884 para receber as excluídas vítimas de varíola, o hospital tem agora o desafio de evitar sua própria eliminação do Sistema Único de Saúde e dos programas de residência médica, tamanha a crise. “O Huoc abraçou muita gente, mas faltou quem o abraçasse”, diz Elton Pedrosa, presidente do Diretório Acadêmico de Medicina da UPE. “Mesmo assim é referência em oncologia, transplante de fígado, doenças infecciosas”, completa. “Presta um serviço inestimável à população sem alternativas, em grande parte pelo trabalho duro de profissionais compromissados, mas cansados de tanto desestímulo”, escreve o médico e professor Vicente Vaz, referência para colegas e alunos.
Leia matéria completa no JC desta sexta.
Material extra na coluna Mais Saúde.