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Delegada Gleide Ângelo vai investigar morte de universitário

Raimundo Matias Dantas Neto foi encontrado morto na praia de Piedade. Família acredita que ele foi assassinado, e não morreu por afogamento, como apontou laudo do IML

Do JC Online
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Publicado em 07/01/2013 às 11:02
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Raimundo Matias Dantas Neto foi encontrado morto na praia de Piedade. Família acredita que ele foi assassinado, e não morreu por afogamento, como apontou laudo do IML - FOTO: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, designou, na manhã desta segunda-feira (7) a delegada Gleide Ângelo, do Departamento de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP), para investigar a morte do universitário Raimundo Matias Dantas Neto, 25 anos. O rapaz foi encontrado morto na madrugada da última sexta-feira (4), na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, depois de passar dois dias desaparecido.

Segundo a declaração de óbito do Instituto de Medicina Legal (IML), a causa da morte de Raimundo foi afogamento. Familiares do estudante não concordaram com a declaração e foram até a Secretaria de Defesa Social pedir providências ao secretário Wilson Damázio. "Ele não sabia nadar, nem gostava de praia. Não faz sentido ter morrido por afogamento. Além disso, vimos fotografias do corpo, que apresentava hematomas", garantiu Martinha Dantas, irmã do estudante.

Damázio explicou que a declaração dada pelo IML não é definitiva, pois não se trata de um laudo, mas de um parecer preliminar. O laudo só deve ficar pronto em aproximadamente 30 dias.

Raimundo foi visto pela última vez na quarta-feira. Estudante de Ciências Sociais da UFPE, ele desapareceu após sair de casa, em Jardim Fragoso, Olinda. Ao sair, disse que que iria ao Centro do Recife comprar um notebook.

Amigos do estudante prometem fazer um protesto, na tarde desta segunda-feira (7), na frente da reitoria da UFPE, contra a violência no Estado.

IML - Wilson Damázio informou que uma sindicância será aberta para apurar o motivo de os familiares terem sido impedidos de reconhecer o corpo de Raimundo no IML. Segundo os familiares, todos foram maltratados no IML e houve o impedimento de ver o corpo.

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