Operação Verão

Prefeitura do Recife começa recapeamento de ruas. Moradores cobram obra de qualidade

Primeiras ações foram realizadas no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife

Do JC Online
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Publicado em 30/09/2013 às 21:20
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Primeiras ações foram realizadas no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Com o olhar desconfiado de moradores da Cidade Universitária, bairro da Zona Oeste do Recife, a prefeitura reiniciou, nesta segunda-feira, a reforma da pavimentação da Rua Acadêmico Hélio Ramos. Sessenta placas de concreto da via já foram substituídas, este ano, e outras 18 serão trocadas.

“Se usarem material bom e fizerem um serviço bem feito, vai ser melhor para todos nós”, diz Ivanildo José da Silva, que mora na Acadêmico Hélio Ramos. “Mas, se for igual ao serviço executado na Avenida Professor Luiz Freire, em pouco tempo vão aparecer rachaduras”, pondera.

Há cerca de cinco meses, a prefeitura trocou placas de concreto da Avenida Professor Luiz Freire, no mesmo bairro, próximo ao Instituto Federal de Pernambuco. “Usaram material fraco, com serviço mal feito, por isso rachou em tão pouco tempo”, diz o comerciante Luiz Cavalcanti.

A diretora de Manutenção Urbana do Recife, Fernandha Batista, disse desconhecer rachaduras nas placas novas. Mas, segundo ela, vazamento de água pode provocar fissuras no concreto. Em entrevista coletiva na manhã de ontem, a prefeitura anunciou reparos em 300 ruas pavimentadas com asfalto, 300 vias com piso de paralelepípedo e 20 com placas de concreto. Serão investidos R$ 77 milhões nos serviços.

O município também prometeu pavimentar 20 ruas, das 8.493 vias ainda de terra. A Operação Verão, iniciada ontem e prevista para terminar em 30 de março de 2014, contempla a sinalização de 400 vias. O Recife tem 13.523 avenidas, ruas, travessas e becos, das quais 5.030 são pavimentadas com asfalto, concreto ou paralelepípedo.

De acordo com Fernandha Batista, o concreto tem 35 anos de durabilidade, o paralelepípedo aguenta 15 anos e o asfalto, cinco anos. Para evitar afundamentos e rachaduras nas novas obras, serão realizados serviços de drenagem e troca da base dos pavimentos, quando necessário.

Com isso, a prefeitura espera acabar com a operação tapa-buraco. “Tendo boa infra-estrutura não há necessidade desse paliativo”, diz o prefeito Geraldo Júlio. “Uma pista sem remendos é bem melhor, os buracos acabam com a coluna da gente”, afirma a cobradora de ônibus Fátima Costa, que trafega todos os dias na Rua Acadêmico Hélio Ramos.

“Os buracos e remendos são horríveis até para bicicleta”, acrescenta a comerciante Mauriceia Maria da Silva.

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