VIOLÊNCIA

Acusado de matar a mãe em São Paulo é preso no Recife e vai para o Cotel

Rapaz trabalhava como flanelinha no Centro. Ele confessou que, após matar a mãe, colocou o corpo da vítima na geladeira

Do JC Online
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Publicado em 28/12/2013 às 20:01
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Um homem suspeito de assassinar a própria mãe e esconder seu corpo numa geladeira foi preso na manhã de ontem, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. O crime aconteceu em 24 de outubro, em São Paulo, e no dia seguinte Jotânio Oliveira Farias, 27 anos, fugiu para Pernambuco. Ele foi reconhecido pela policial militar Taciana Karolina, do 16º Batalhão, na Praça da República, onde atuava como flanelinha, e encaminhado à Delegacia de Plantão de Santo Amaro. No local, o rapaz confessou ter matado a mãe, a supervisora Tânia Maria, 46.

De acordo com Karolina, a PM recebeu uma denúncia de que havia um guardador de carros no entorno da Praça da República que assassinara a mãe. Jotânio foi abordado por uma viatura do 16º BPM e disse que não tinha documentos, apresentando um nome falso. “Lembrei que tinha visto as notícias sobre este caso e fiz a associação”, contou ela.

Na delegacia, os policiais fizeram uma busca na internet e encontraram a notícia do crime e uma fotografia de mãe e filho. Segundo o delegado Cleurinaldo de Lima, Jotânio foi reconhecido por um sinal na orelha direita. Acabou admitindo o homicídio.

Nascido na Bahia e vivendo em São Paulo desde os 9 anos de idade, o rapaz morava com a mãe no Parque dos Bancários e relatou que bebeu e cheirou cocaína durante todo o dia da tragédia. “Foi muito pela cachaça e pela bebida. Não sei por que fiz isso, só Deus para saber. Sempre fui trabalhador. Lembro que tinha saído há um mês da empresa de produtos químicos onde trabalhava como ajudante e passei o dia agitado. De repente, apaguei. Quando voltei, já tinha acontecido”, narrou o acusado, com voz calma e se dizendo arrependido. “Minha mãe era bela. Deixei de morar com mulher para ficar com ela”, declarou. Ele matou a vítima estrangulada.

Ao se deparar com a mãe morta, o filho colocou o corpo na geladeira e vedou a porta com fita adesiva. O cadáver só foi encontrado quatro dias depois, após outra filha de Tânia, que não morava na casa, estranhar o sumiço da mãe.

Jotânio viajou para o Recife com R$ 600 e, desde então, trabalhava como flanelinha. Ele foi autuado em flagrante por falsidade ideológica, por ter mentido o nome, e levado ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.


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