O Mercado de São José, localizado no Centro da capital pernambucana, completa 139 anos no próximo domingo (7) e para lembrar a data, a Prefeitura do Recife organizou nesta sexta-feira (5) uma festa com direito a bolo e forró. Mas os comerciantes da feira construída no século 19 terão que esperar pelo menos mais um ano para ter o que comemorar. A promessa é que revitalização do mercado público mais antigo do Brasil, que hoje encontra-se esquecido, comece em 2015.
Hoje o que se observa no espaço, que é um dos pontos turísticos da cidade, são vidraças quebradas, sujeira e esgoto a céu aberto. “A situação aqui está péssima. Como muitas telhas estão quebradas quando chove aqui dentro fica molhado e nós temos que colocar plástico para proteger nossos produtos”, reclama Carlos Augusto, 58 anos, dono de box no local há 40 anos.
Um dos pontos mais críticos é do setor onde são vendidos os crustáceos. A fiação exposta fica na altura dos vendedores e clientes. “Às vezes falta energia por mais de dois dias e ficamos sem poder trabalhar. A mercado está abandonado, na copa (do mundo) passamos vergonha.” Ainda no trecho é possível observar estacas do piso se soltando.
Do lado de fora do mercado, os problemas continuam com o comércio informal. As barracas de ambulantes se amontoam nas calçadas, atrapalhando os pedestres. De acordo com a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife (Semoc), a situação será resolvida até o final deste ano quando os comerciantes serão transferidos para o Cais de Santa Rita e outras seis áreas que estão sendo projetadas.
Um projeto também está sendo elaborado pela Empresa de Urbanização do Recife (URB) para revitalizar o Mercado de São José. A reforma, custeada pelo programa PAC Cidades Históricas, do Governo Federal, deve começar no primeiro semestre do próximo ano. Segundo a URB, serão gastos 7,6 milhões em serviços de manutenção, conservação ou reconstituição das esquadrias, fachadas e elementos da cobertura.