A Polícia Federal (PF) em Pernambuco prendeu, na tarde da última sexta-feira (28), um homem acusado de envolvimento com assalto a banco, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, em Caruaru, Agreste do Estado. O suspeito, o paraense Marlon Almeida da Silva, 28 anos, conhecido como Bazar, foi detido na casa onde residia no Sitio Brejo Novo, Zona Rural de Caruaru. A operação contou com a ajuda de agentes da Delegacia de Polícia Federal em Caruaru.
A PF deteve o acusado ao fazer vigilância no clube, quando percebeu a chegada do suspeito num veículo Hyundai IX35. Segundo a corporação, após uma abordagem rápida, o detido apresentou uma carteira de motorista falsa com o nome de Marlone Alves Silva. Posteriormente, já na delegacia, admitiu seu nome verdadeiro. Além do veículo de placa PER-2804, cor preta, que também estava registrado com o nome falso, também foram apreendidos com ele diversos cartões bancários.
A prisão aconteceu em virtude da realização de mandados de prisão, expedidos pelos Juízos da 2ª Vara Criminal de Luiziânia, em Goiás, e Comarca de Jaraguá, também em Goiás, em decorrência de informações chegadas a equipe de policiais federais do Núcleo de Operações de Caruaru de que o acusado estaria na cidade. Caso seja condenado, o acusado poderá pegar pena de 3 a 10 anos de reclusão. Após a autuação, o preso realizou exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) e depois foi encaminhado para o presídio Juiz Plácido de Souza, também em Caruaru, onde ficará à disposição da Justiça Federal desta cidade. No interrogatório, o preso reservou-se no direito de permanecer calado.
O CRIME
O grupo que Marlon fazia parte agia sempre sequestrando gerentes de bancos através de falsas blitzes. Os integrantes se faziam passar por policiais e depois acompanhavam o gerente até sua casa onde morava com a família, passavam a noite, fazendo peguntas sobre a segurança da agência e a quantia de dinheiro em espécie que havia no cofre do banco.
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Pela manhã, um dos bandidos levavam parte da família para uma mata enquanto um outro integrante do grupo levava o gerente para a agência e o fazia sacar todo o dinheiro. Depois disso todos os reféns eram liberados. Marlon era procurado nos estados de Goiás, Maranhão, Pará e Tocantins. O crime é conhecido como "sapatinho", devido à entrada na agência de forma silênciosa. Na época a quadrilha era composta por cerca de 35 pessoas.