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Antes de o reajuste das passagens no Recife ter sido confirmado, a Frente de Luta pelo Transporte Público já marcou um protesto para pressionar o governo estadual contra o aumento das tarifas. O principal ato será uma passeata na próxima sexta-feira (15), às 8h, saindo da Praça do Derby, na área central do Recife.
A caminhada será realizada durante a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano, no Centro de Convenções, para debater e votar a mudança nas tarifas de ônibus na Região Metropolitana. O aumento já é dado como certo, mas ainda não se sabe em quanto será.
A proposta da Urbana-PE, sindicato que representa as empresas de ônibus, é de que o reajuste seja de 32% no anel A, o mais usado, que passaria dos atuais R$ 2,45 para R$ 3,25. Já o anel B passaria de R$ 3,35 para R$ 4,40.
O presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte, Francisco Papaleo, não adiantou qual será o valor defendido pelo órgão, mas afirmou que ele não será obrigatoriamente igual ao apresentado pela Urbana-PE. "A nossa proposta será após um estudo minucioso através de uma planilha adotada nacionalmente", defendeu. Entre os itens analisados estão a inflação no período, o custo dos combustíveis e as despesas com os trabalhadores do setor.
A Frente, no entanto, defende que o preço da passagem seja congelado, alegando que essa foi uma proposta de campanha do atual governador Paulo Câmara (PSB). "Estaremos cobrando do governo a tarifa única, o bilhete único, a integração temporal e a conclusão das obras dos terminais integrados, que estão atrasadas. Para onde foi esse dinheiro?", questionou o advogado Pedro Josephi, integrante do grupo.
O movimento defende ainda, a longo prazo, o passe livre para todos os estudantes, não só os da rede pública, além de tarifa gratuita para todos. "Mas entendemos que, para isso, é preciso reorganizar o modelo tarifário e analisar a forma como vai ser feito, se será estatizado, se será criada uma empresa pública ou outra proposta. O Conselho precisa debater, mas ele não faz isso, só se reúne para definir a tarifa", sugeriu o militante. Além do protesto na próxima sexta-feira, o grupo prometeu fazer "catracaços", ou seja, abrir a porta dos ônibus para que os passageiros circulem gratuitamente.