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Ministério garante a qualidade de larvicida

A declaração veio depois que o Rio Grande do Sul suspendeu o uso do produto pyriproxyfen por suspeita de que ele provoca microcefalia.

Do JC Online
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Publicado em 13/02/2016 às 19:57
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A declaração veio depois que o Rio Grande do Sul suspendeu o uso do produto pyriproxyfen por suspeita de que ele provoca microcefalia. - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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O Ministério da Saúde divulgou neste sábado nota garantindo que só usa larvicidas recomendados pela Organização Mundial da Saúde na eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, da febre chicunhgunha e do vírus zika. A declaração veio depois que o Rio Grande do Sul suspendeu o uso do produto pyriproxyfen por suspeita de que ele provoca microcefalia.

O ministério ressalta que alguns locais onde o pyriproxyfen não é usado também registraram casos de microcefalia. “Ao contrário da relação entre o vírus zika e a microcefalia, que já teve sua confirmação atestada em exames que apontaram a presença do vírus em amostras de sangue, tecidos e no líquido amniótico, a associação entre o uso de pyriproxifen e a microcefalia não possui nenhum embasamento cientifico”, registra a nota. 

O Ministério da Saúde ressalta ainda que o Rio Grande do Sul tem autonomia para utilizar o produto adquirido e distribuído pelo ministério ou desenvolver estratégias alternativas. “Decidimos suspender o uso do produto em água para consumo humano até que se tenha uma posição do Ministério da Saúde”, disse o secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis. A secretaria decidiu manter a suspensão pelo menos até amanhã.

Boletim divulgado sexta-feira pelo Ministério da Saúde mostra que 462 bebês nasceram com microcefalia no País. Em 41 casos foi confirmada com exames laboratoriais a relação entre a malformação e o zika. A pasta investiga 3.852 notificações de malformações em recém-nascidos. Em 2015 mais de 1,6 milhão de pessoas tiveram dengue e mais de 800 morreram em decorrência deste vírus.

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